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Aranha Azul: tarântula de cor e brilho únicos; conheça

A cor incrível faz dessa tarântula um espetáculo da natureza capaz de encantar até quem tem medo. A Aranha Azul é o tema de hoje. Vem comigo entender por que ela tem esse tom e várias outras curiosidades!

No final de 2017, pesquisadores encontraram 30 novas espécies de animais na Guiana, um país que possui parte de suas florestas dividida com a nossa Amazônia. A Aranha Azul, uma tarântula pra lá de inusitada, foi um desses achados.

Trata-se de uma variedade da família Theraphosidae com corpo e patas azuis, ou seja, bastante atípica entre a maioria das tarântulas, que costuma ser marrom.

Um detalhe ainda mais curioso é que ela traz um brilho iridescente. Explico: é um fenômeno óptico semelhante ao das bolhas de sabão, no qual uma superfície reflete a luz decomposta em cores distintas.

Realmente, a Aranha Azul é diferente de qualquer gênero já encontrado. Não exatamente pela iridescência, mas por seu aspecto único. Afinal, existem tarântulas que apresentam este fenômeno e outras com patas azuis, como esta da foto abaixo, que não é completamente neste tom.

Entretanto, igual à Aranha Azul encontrada na Guiana, não há. Por isso, ela está sendo chamada de “tarântula azul metálico” e “tarântula elétrica”.

Ela foi avistada pela primeira vez pelo zoólogo e fotógrafo Andrew Snyder, à noite, perto das margens do rio Potaro. Em uma árvore, a tonalidade azul-cobalto brilhante chamou atenção do profissional que, ao longe, viu um feixe de luz.

No começo, acreditou que o efeito viria dos olhos, porém, mudou de ideia ao se aproximar, uma vez que se tratava do dorso de uma pequena tarântula.

Ao chegar perto, Snyder soube de imediato que o animal era raro em relação às aranhas que estava acostumado a pesquisar na região. De fato, uma descoberta que não descarta a possibilidade de ser uma espécie nova.

Aranha Azul: mais particularidades

Vamos combinar que não é todo dia que alguém diz que viu uma tarântula azul, né? Para muita gente é um alívio, seja lá qual for a cor desse bicho…

Mas você sabe como alguns desses animais podem ter essa tonalidade? É graças às chamadas nanoestruturas fotônicas ou estruturas de Itsy-Bitsy, que refletem a luz na faixa do azul.

Estudiosos vivem tentando descobrir a razão de a coloração ocorrer nas aranhas da família Theraphosidae ao longo dos anos (como eu disse, vale lembrar, a Aranha Azul tema deste post não é a única, embora seja singular).

Bem, os pesquisadores chegaram à conclusão inicialmente que a cor não foi um fator causado por seleção sexual dos exemplares. Isto é, os aracnídeos não usam a tonalidade para encontrar parceiros – apesar de a tonalidade ser uma condição de escolha em parentes próximos aos da popular caranguejeira.

A teoria mais aceita é que o azul é um elemento de seleção natural, ou seja, um recurso que auxilia esses animais tanto na preservação da vida quanto na reprodução.

É possível, inclusive, que a cor esteja ligada ao habitat onde eles estão inseridps, permitindo que os artrópodes fiquem mais camuflados no ambiente e, portanto, mais seguros dos predadores.

O interessante é que a cor azul é notada em várias espécies de tarântulas sem parentesco próximo; é resultado das nanoestruturas, sendo que a hipótese é de que estas sejam bastante distintas de um animal para outro.

Para você ter uma noção da variedade, existem cerca de 40 tarântulas com a mesma tonalidade de azul. E tudo indica que as tais nanoestruturas das aranhas azuis passaram por, no mínimo, oito processos de evolução até agora.

E mais: há dois ou três categorias de nanoestruturas, e que conseguem produzir a mesma tonalidade azul. Esta cor, por sua vez, não é incomum no reino animal, assim como o sistema de nanoestruturas também é utilizado por outros bichos.

Já existem estudos em busca do uso comercial da forma com que as aranhas fabricam o tom azulado. A ideia seria criar uma tecnologia menos agressiva ao meio ambiente para deixar objetos com cores brilhantes e duradouras. Só que isso está longe de virar realidade, ainda.

Enquanto isso, a Aranha Azul, que é muito real, está por aí fascinando pesquisadores, fotógrafos e muitos outros. Espero que tenha gostado deste artigo e possa compartilhá-lo com seus amigos!

Até a próxima!

 

Imagens: Pixabay

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