Em 2010, o livro Guinness dos recordes considerou a aranha armadeira brasileira a mais tóxica do mundo. Também chamada de “aranha da banana” ou Aranha Bananeira, tem esse nome porque normalmente fica escondida nessa planta, especialmente na América do Sul.
Capaz de extrema agressividade, a Aranha Bananeira possui um veneno que traz uma neurotoxina potente em sua composição. A substância provoca perda de controle muscular, disfunções respiratórias, paralisias, e eventualmente, até asfixia e morte, principalmente em crianças.
Diz-se, inclusive, que a peçonha desse artrópode age mais rápido do que o veneno da maioria das serpentes. Ui! Realmente, ninguém merece encontrar um bicho assim, né?
Aqui no QC Animais, a gente defende o respeito, a preservação das espécies, pois todas têm sua função na natureza. Contudo, que dá um medo, isso dá! É normal… Tem gente que tem pânico ao ver uma aranha.
Todas as espécies de aranhas armadeiras ou Bananeiras provocam acidentes com humanos ao se sentirem ameaçadas, levando ao ataque e à picada.
O comportamento típico delas é o apoio nas pernas traseiras, erguendo as frontais e os papos, além de abrir os ferroes e eriçar os espinhos. E ainda acompanham os movimentos do agressor!
Esses aracnídeos levam mesmo a sério a máxima que diz: “A melhor defesa é o ataque”. E a maioria dos acidentes acontece dentro de casa, nos quintais ou jardins, quando objetos são retirados do lugar, por exemplo. A incidência tende a ser maior em casas de veraneio ou de campo.
Tornam-se mais ativas no período de acasalamento – o que, em São Paulo, acontece entre março abril. É quando podem ser achadas com mais frequência no interior das residências, inclusive no meio das roupas ou atrás de cortinas.
Outro lugar no qual a Aranha de Bananeira é encontrada é dentro de sapatos. Assim, fere os dedos de suas vítimas mais distraídas, que não costumam verificar os calçados antes de colocar os pés neles.
Os sintomas da picada da Aranha Bananeira incluem: dor local e generalizada no membro afetado; aumento da pulsação; febre; sudorese (especialmente na nuca); vômito; dificuldades visuais; vertigens.
A boa notícia é que existe um antiveneno! O importante é que o atendimento médico seja procurado o mais rápido possível, para que as providências sejam tomadas o quanto antes. De preferência, levando o animal para identificação.
Isso vale para qualquer picadura de aranha, tá? Claro que, no caso do tema deste artigo, a situação é mais delicada, uma vez que o aracnídeo é mais perigoso. No entanto, existe tratamento! Também é relevante destacar que automedicação pode ser fatal e, portanto, não deve ser feita.
Aviso: este post tem função de informar; não substitui consultas e/ou tratamentos médicos, entre outros serviços especializados. Converse sempre com um profissional capacitado para tirar todas as suas dúvidas e receber atendimento adequado.
Recado dado, vamos em frente…
Aranha Bananeira: saiba mais sobre este animal peçonhento
No geral, as armadeiras, que não constroem teias, curtem mesmo é um cantinho escuro, os buracos na terra, os troncos de árvores.
Crepusculares e noturnas, alojam-se ainda debaixo de vegetação, entre folhagens de arbustos, nas bainhas das folhas de coqueiros ou palmeiras derrubadas no solo, e, claro, dentro das bainhas das bananeiras, inclusive no meio dos cachos da fruta. Dessa maneira, acabam sendo exportadas para fora da América do Sul e da América Central.
O nome científico da Aranha Bananeira é Phoneutria spp, sendo que Phoneutria vem do grego “φονεύτρια” e, latinizado, ficou phoneútria. Ele significa “assassina”.
Na verdade, existe uma categoria de aranha conhecida pelos nomes populares de armadeira, aranha macaco ou aranha de bananeira, pertencente à família dos Ctenídeos.
Fique atento! E, em caso de acidente ou suspeita de picada de aranha, vá ao serviço médico mais próximo!
Até breve…
Imagens:
Dick Culbert – Flickr CCO
Pavel Kirillov – Flickr CCO
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