Aranhas

Aranha Vermelha: lembra a marrom, mas não é tóxica

Ela pode ser encontrada com frequência no quintal ou dentro de casa, nos cantinhos baixos das paredes, de preferência. Por isso, a Aranha Vermelha é conhecida em inglês como “red house spider” e “aranha de canto de parede”. Não sai daí, que o artigo de hoje está cheio de curiosidades sobre esse aracnídeo!

Esse artrópode é bastante confundido com a aranha marrom pela população em geral por causa de suas características físicas.

A Aranha Vermelha normalmente tem 10 mm de tamanho (contando com as pernas), aproximadamente. A cor de seu corpo (“encefalotórax”) e pernas é vermelha, mas seu abdômen possui um tom mais fechado, muitas vezes até marrom.

Na verdade, tudo indica que a Aranha Vermelha é predadora da marrom. O que justificaria o fato de elas serem encontradas quase juntas, em ambientes não residenciais.

As particularidades da Aranha Vermelha não param por aí…

No meio científico, seu nome é Nesticodes rufipes, um membro da família Theridiidae – a mesma da temida aranha viúva-negra, uma das mais venenosas do planeta. Uma família, aliás, bem grande, com cerca de 2.200 espécies, incluindo o gênero Latrodectus.

Porém, apesar do parentesco, a Aranha Vermelha é quase completamente inofensiva. Embora haja uma ligação biológica entre as duas, a Nesticodes rufipes sequer possui veneno, ou, pelo menos, um que possa nos prejudicar seriamente.

No entanto, é capaz de provocar uma atopia, isto é, uma reação alérgica. Geralmente, isso ocorre em pessoas que já apresentam sensibilidade a outros fatores e até a outros bichos.

Mas o quadro não costuma ser grave, sendo resolvido com remédios antialérgicos para que o sistema imunológico seja reabilitado contra possível alérgeno da aranha.

Atenção: este post tem a função de informar. Não substitui consultas e tratamentos médicos. Consulte sempre profissionais especializados e capacitados.


Aranha Vermelha: comportamento e outros detalhes

A Aranha Vermelha pode ser encontrada em quase todos os locais do planeta, em praticamente todos os tipos de habitats, à exceção, claro, de lugares como a Antártida.

Em consequência da confusão com a aranha marrom, não é raro encontrar gente que capture e mate a “red house spider”. Afinal, a primeira representa perigo para nós, devido sua toxina necrosante extremamente ativa.

Contudo, uma Aranha Vermelha em casa não deve ser encarada com medo, uma vez que, provavelmente, ela está ali comendo insetos indesejáveis, entre os quais estão as formigas e os pernilongos. Eventualmente, conseguem capturar moscas mais lentas.

Esta é a principal vantagem de ter a Nesticodes rufipes “por perto”. No mais, ela fica quieta, tem hábitos previsíveis e gosta mesmo é de se esconder ao perceber muito movimento e/ou perigo. Ou seja, não deseja a companhia humana e faz o estilo low profile, se é que posso dizer assim…

Enfim, a Aranha Vermelha fica na dela, construindo suas teias irregulares e acasalando à noite, quando os machos procuram as fêmeas para dar continuidade à espécie.

Conclusão…

Se você não tem pavor de aranhas, certamente conhece alguém que tem. É compreensível, pois esses animais assustam por diversas razões. Só que, no caso da Aranha Vermelha, como você viu hoje, a espécie não é agressiva; apenas se defende contra ameaças, assim como a aranha lobo (Lycosidae), por exemplo, tema de outro post aqui do blog.

A Nesticodes rufipes, que é parente da perigosa viúva-negra, é muito comum dentro de casa, porém, praticamente inofensiva. Mas tende a ser morta por outra razão: é confundida com a venenosa aranha marrom, em função de sua semelhança visual.

Como você pode notar, o mundo dos aracnídeos é realmente impressionante. E, pelo menos quanto à Aranha Vermelha, você não tem muito com o que se preocupar, ok?

Dizem que existem mais de 40.000 espécies de aranhas, subclassificadas em cerca de 100 tipos de famílias. Apesar do temor quanto as aranhas e seu potencial contra a vida humana, acredita-se que somente 30 espécies são realmente consideradas de alto risco. Dá uma olhada em algumas delas aqui neste post!

Boa leitura e até breve!

 

 

Imagens: Katja Schulz Flickr CCO

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