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Caxinguelê: conheça o esquilo do Brasil e seus hábitos

Um esquilo brasileiro tímido, ao contrário dos exibidos Tico e Teco, personagens famosos dos desenhos animados norte-americanos. Saiba mais sobre o Caxinguelê, um roedor esguio, esperto e ágil, conferindo este artigo até o fim!

Esse animal esperto apresenta olhos grandes e orelhas pequenas, além de pelos macios e longa cauda peluda. Seu corpo mede cerca de 20 cm de comprimento, sem contar o rabo, com aproximadamente 18 cm. Um adulto da espécie chega a pesar 300 gramas.

Incansável quando o assunto é roer, dispõe de dentes incisivos e músculos da mandíbula fortes, que ajudam o Caxinguelê a quebrar as sementes mais duras.

Aliás, assim como o porquinho-da-índia e o hamster, é importante mesmo que possa mastigar muito, pois seus dentes têm crescimento constante. Por isso, os alimentos rígidos são os preferidos do esquilo Caxinguelê.

O menu dele normalmente inclui frutos secos, bagas de palmeiras e sapucaias. De vez em quando, acrescenta frutas, cogumelos, brotos de árvores, larvas de insetos e ovos de pássaros. Na região Sul, seu cardápio predileto é o pinhão de araucária.

Ele é conhecido também como serelepe, catiaipé, serelepe acutipuru, quatipuru, caxinxe e quatimirim. Em inglês e espanhol, o Caxinguelê é chamado de “Brazilian squirrel” e “ardilla de Brasil”, respectivamente.

No meio científico, é Guerlinguetus ingrami, um animal da grande família Sciuridae, conhecida por seus roedores de portes médio e pequeno, e pertencente à ordem Rodentia.

Na verdade, existem esquilos em quase todo canto do planeta, mas, em geral, são mais comuns nas zonas temperadas e tropicais, embora possam surgir em algumas regiões de clima frio.

O Caxinguelê costuma ser muito envergonhado da frente dos humanos; raramente aparece em áreas movimentadas – prefere ficar nas florestas, principalmente na Amazônia e locais de Mata Atlântica.

Ele vive por lá, protegido pela vegetação, descendo das árvores apenas para buscar comida ou enterrar sementes. E dorme em troncos ocos de árvores. É uma espécie diurna e arborícola, capaz de viver sozinha ou em pares.

Esperto, o quatimirim tem algumas estratégias de sobrevivência. Uma delas é, quando avistado, permanecer imóvel por um tempo para ver se passa despercebido, e fugir em seguida.

Outras características do esquilo Caxinguelê são: capacidade de saltar até 5 m entre os galhos; territorialismo; visão e audição bastante apuradas.

Caxinguelê: como ele vive, você sabe?

O Caxinguelê está pronto para reproduzir ao completar um ano de vida. É uma ninhada por ano, variando entre três e 10 filhotes. Na gestação, os pais preparam um ninho caprichado para receber os esquilinhos, que nascem cegos e sem pelos.

Mas o desenvolvimento deles é rápido. Depois de oito dias, a pelagem já pode ser vista no corpo todo dos bebês. No nono dia, eles abrem os olhos. E com apenas três meses e meio, já podem dar os primeiros passeios nos ramos das árvores.

O caxinxe gosta de lugares com vegetação de idade avançada e copas, pois, como eu disse, curtem os ocos nas árvores. Neles, o esquilo brasileiro mora, aumenta e protege a família, e ainda estoca comida.

Falando nisso, guardar alimentos é uma prática tão recorrente que o serelepe é considerado dispersor de sementes. É que, devido suas refeições, acaba ajudando a espalhar bagos na mata.

Às vezes, as sementes caem e, por diversos motivos, o Caxinguelê não volta para procurá-las. Isto é, acaba fazendo bem à natureza originando novas árvores. Que bom!

Antes de terminar, um aviso importante: o esquilo Caxinguelê é um animal silvestre; sua vida em residências não é indicada. Os exemplares encontrados em nossas áreas verdes são protegidos pelo Ibama, e não podem ser domesticados. Os encontrados em lojas de animais foram criados em cativeiro. Antes de adquirir um bicho assim, consulte a lei brasileira.

Até breve com mais conteúdo sobre os animais!

 

 

Imagens: Pixabay

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