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Encefalite equina: o que é, quais os sintomas e como tratar

Encefalite equina ou encefalomielite é uma doença viral conhecida popularmente como “peste de cegar”, “falsa raiva” e “doença de Aujesky”. O post de hoje está repleto de detalhes sobre ela. Conheça transmissão, sintomas, tratamento e muito mais!

A enfermidade, causada pelo Alphavírus, leva a distúrbios neurológicos, acometendo tanto potros quanto animais adultos – não existe uma faixa etária mais predisposta.

Ela pode ocorrer também em humanos. Em nós, os sintomas vão de uma síndrome parecida com a influenza a uma encefalite fulminante.

Existem três grupos de encefalite equina. O do tipo EEE, a leste, costuma ser fatal. Já os demais, quando controlados com tratamento, apresentam taxa de letalidade baixa. O índice de mortalidade geral de cavalos por encefalite é algo em torno de 60%.

Há ainda as formas WEE (oeste) e VEE (venezuelana), sendo esta última considerada rara em nosso território, com relatos somente de casos isolados. As principais regiões endêmicas da doença são América do Sul e América do Norte.

Na verdade, a encefalite equina é resultante da ação de vírus imunologicamente distintos. Por isso, há variação nos quesitos gravidade e sintomas.

Como a transmissão da doença acontece por meio de mosquitos, ou seja, são eles os vetores, geralmente a encefalite equina ocorre em surtos epidêmicos, normalmente nos climas de temperaturas altas e presença de umidade.

Falando nele, o inseto transmissor da encefalomielite, pode ser o Aedes spp. ou pelo Culex spp. Basta a pele do animal ser picada pelo vetor contaminado para que esteja pronta a porta de entrada da doença. No entanto, há referências na internet sobre transmissão da encefalite por carrapatos e morcegos hematófagos.

O tempo de incubação da encefalite equina é de dois a sete dias. Se o problema não for diagnosticado e tratado logo, o animal pode morrer rapidamente.

Encefalite equina: como identificar a doença e tratar o animal

A encefalite equina não possui tratamento específico, mas, sim, controle de sintomas, de preferência no começo da enfermidade. Isso inclui aplicação de soro antiencefalomielítico, vacinas e isolamento do animal infectado em local higiênico, tranquilo e escuro.

Também é fundamental combater os vetores (mosquitos, carrapatos e morcegos), além de desinfetar os alojamentos.

Importante: só depois que o cavalo tratado passar por quarentena para observação de possíveis sintomas é que ele deve ser reintroduzido ao rebanho. Os animais doentes são capazes de transmitir o mal a os demais pelas fossas nasais e vias digestivas, pois o vírus fica nas vísceras, sangue e medula óssea.

A vacinação tem caráter bivalente (leste e oeste), e é administrada em duas doses intervaladas de seta a dez dias, com reforços anuais.

O diagnóstico é feito por testes sorológicos, por meio de técnicas diversas. A confirmação definitiva, em caso de óbito do animal ou homem, pode ser conseguida via necropsia.

O Alphavírus – RNA da família togaviridae – provoca ações inflamatórias típicas nas células nervosas. Para você ter uma ideia dos sintomas da encefalomielite, em humanos ela acontece subitamente, causando condições e reações como: rigidez na nuca, letargia, cefaleia, vômito, febre, entre outros.

Quando a progressão da enfermidade é rápida, tendem a surgir também convulsões, rigidez muscular e até estado de coma.

A encefalite equina apresenta sintomas semelhantes, contudo, as características mais perceptíveis são as neurológicas, tais como inquietação, depressão, falta de coordenação motora, andar cambaleante, irregular e em círculos; extremidades separadas e cabeça direcionada para o chão; flacidez labial.

Pesquisadores brasileiros ainda encontraram os sintomas: comprometimento da visão; fases de excitação com cegueira aparente; hipersensibilidade ao ruído e tato; queda frequente; sonolência; apatia; emagrecimento rápido; pálpebras caídas.

A encefalite equina deve ser descoberta o quanto antes para que seus malefícios sejam combatidos com remédios e vitaminas. Assim, o cavalo poderá aguentar o efeito do vírus. Infelizmente, devido vários fatores, o equino que adquire essa zoonose acaba tendo de ser sacrificado para não transmitir o mal a outros seres.

É claro que isso é um aspecto geral, e somente o acompanhamento médico especializado pode determinar todo o processo, do diagnóstico ao tratamento. É preciso avaliar caso a caso.

Até a próxima!

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