Sem dúvida uma das aves mais populares, a andorinha é exaltada em músicas e poemas devido ao seu canto agradável e por ser prenúncio de uma boa nova: o fim do inverno. É uma ave migratória que foge do frio por questão de sobrevivência.
Apesar de suas dimensões modestas, a andorinha é um dos predadores mais implacáveis do reino animal, pois necessita de consumo diário de calorias notável para poder desenvolver-se plenamente.
Apesar da vida de nômade, não se pode dizer que seja uma ave solitária ou que goste da solidão, pois costuma viajar em bando. Além disso, costuma construir o seu ninho junto com a parceira e dividir as tarefas de sustento dos filhotes. Mesmo após a saída dos filhotes do ninho, continua a se encontrar com eles durante um tempo, mantendo a união familiar.
A andorinha está presente em todos os continentes, com exceção da Antártida por motivos óbvios. A expectativa de vida da maioria das espécies é de 8 anos, mas há um tipo que consegue viver por duas décadas, a andorinha-do-mar. Significa dizer que tal espécie nesse período dá a volta ao mundo por 20 vezes.
Gostaria de saber mais detalhes sobre a andorinha, seu modo de vida e como é percebida na cultura de várias civilizações ao longo da história?
Basta prosseguir a leitura dos tópicos abaixo.
Confira!
Classe da andorinha
A andorinha pertence à classe de aves mais numerosa e diversificada. Esse grupo é conhecido popularmente como pássaros ou passarinhos, mas recebem classificação científica como Passeriformes. Esse grupo conta com mais de 5400 espécies, número que representa mais da metade do número total de espécies conhecidas de aves. Pertence a família Hirundinidae.
Apenas de andorinhas são conhecidas cerca de 80 espécies distribuídas em todos os continentes. No Brasil a andorinha-grande é a espécie de maior número. Pesa 4 gramas, tem cauda bifurcada e mede cerca de 20 cm.
A andorinha é uma espécie de pássaro muito adaptável, apesar de preferir o campo consegue inserir-se nos ambientes urbanos, sendo comum, por exemplo, fazer ninhos em casas e empoleirar varandas, além de transitar de um lado a outro de nossas cidades. Por isso é uma ave muito comum de ser avistada e ouvida, no entanto, apesar da frequência de suas aparições é uma ave muito rara de se ter como animal de estimação. É uma ave nômade que costuma migrar para outros centros conforme a chegada do inverno.
A andorinha se alimenta principalmente de insetos. Insetos que captura durante o voo. Ao identificar o seu alvo, a andorinha se dirige como um raio, com o bico aberto, sobre a sua caça.
Estima-se que uma andorinha precisa se alimentar de 1500 insetos por dia. Por esse motivo, esse pássaro é apontado como um grande predador e importante para o equilíbrio biológico.
Essa é a razão que faz os inseticidas aplicados para matar insetos serem apontados como um dos principais causadores do enfraquecimento da espécie. Ao caçar insetos que tenham ingerido a substância nociva ou que tenham sido expostos de alguma maneira, as andorinhas acabam sendo afetadas e falecendo posteriormente.
Características da andorinha
A andorinha mede entre 16 e 20 centímetros de comprimento. Apesar disso, quando abre suas asas, pode alcançar 35 centímetros. Seu peso não é muito maior do que esses números. Fica entre 15 e 25 gramas.
A plumagem da andorinha recebe vários tons de cores e chega a brilhar no período noturno. Suas penas recebem coloração de azul metálico que quase alcança a tonalidade preta. O queixo do pássaro recebe tom avermelhado e sua cabeça, tom azul. Combinações de cores que sem dúvida gera efeito visual muito apreciável.
As asas são pontiagudas, as patas, pequenas, o mesmo quanto ao bico. A cauda é visivelmente bifurcada.
Pouca diferença há entre as andorinhas machos e fêmeas. As cores são as mesmas e distribuídas igualmente nas mesmas partes. Contudo, a andorinha fêmea tem penas mais curtas e recebe no abdômen uma sombra mais pálida.
A andorinha mais encontrada no Brasil é a Progne chalybea, popularmente conhecida como andorinha-grande. Essa espécie tem penas castanho-cinzentas no peito e penas azuis nas laterais.
Andorinha construindo o ninho
Os ninhos das andorinhas são construídos de forma colaborativa entre os parceiros sexuais. Costumam ser feito com lama, saliva e restos vegetais. Por isso é comum avistar a ave em barrancos, barragens, pontes, túneis, entre outros.
Essa construção pode durar anos seguidos e somente é interrompida quando a andorinha percebe que o ninho está resistente para acolher não só a si e a parceira, mas também os futuros filhotes.
O material do ninho é transportado por meio do bico da ave. Se for o caso a andorinha pode voar muitos quilômetros de distância para colher o material da casa ou só retornar no ano seguinte com o fim do inverno. Pode se dá esse luxo graças a sua incrível capacidade de orientação que mesmo percorrendo distâncias consideráveis consegue retornar exatamente para o local onde deixou o ninho ou o projeto de ninho.
A migração
A capacidade de adaptação da andorinha é essencial para a sua sobrevivência. Não é resistente as baixas temperaturas principalmente porque dificulta a sua caça. Não se esqueça da quantidade de insetos que essa ave precisa ingerir diariamente, tarefa que sem dúvida fica muito prejudicada quando os insetos e os animais em geral costumam se recolher para se proteger das baixas temperaturas.
Por isso abandonam os locais frios viajando em bando e voltam a terra natal quando o período congelante se encerra.
Migrando para quase todos os continentes adapta-se em centros urbanos se for necessário, contudo, não é o seu local preferido de permanência. Nem as áreas de vasta vegetação caem ao gosto das andorinhas. O local que consideram ideal são os campos abertos, locais que tenham um rio ou um lago nas proximidades ou terras agrícolas.
São capazes de viajar até 71 mil quilômetros por ano.
Curiosidades
Na acultura islâmica, a andorinha é símbolo de boa companhia devido à fidelidade para com a parceira e por privilegiar a união familiar. É por isso chamado de “pássaro do paraíso”.
Mas para os persas era símbolo de solidão, despedida, devido a sua vida nômade.
Um casal de andorinhas na China antiga era visto como símbolo de fidelidade. O retorno das andorinhas servia como marcadores temporais quanto à chegada do equinócio, ocasião em que se realizavam rituais de fecundidade.
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