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Aranha Armadeira: tratamento após picada e mais…

Agressiva, recebe o nome Aranha Armadeira por causa de seu jeito de atacar: ao ser ameaçada, levanta as pernas da frente, abre ferrões e eriça espinhos encontrados em seu corpo marrom acinzentado ou amarelado.

Entenda hoje os hábitos, sintomas da picada e que medidas tomar caso seja vítima desse animal peçonhento, cuja marca registrada é o comportamento defensivo em posição ereta, com movimentos laterais.

A posição de ataque, que é, na verdade, sua defesa, consiste em apoiar-se sobre as pernas traseiras, erguer a cabeça e até saltar na direção do inimigo, em um pulo capaz de chegar a 40 cm de distância.

Ela faz parte do gênero Phoneutria e conta com diversas espécies nas Américas do Sul e Central, da Guatemala ao norte da Argentina. Uma das mais perigosas do mundo, a Aranha Armadeira é conhecida também como “aranha de macaco” e “aranha de bananeira”.

Trata-se de um animal invertebrado muito ágil que costuma seguir suas vítimas. Na natureza, a alimentação das Armadeiras é composta de pequenos insetos e artrópodes. O tamanho da Aranha Armadeira é outro motivo de medo, uma vez que pode chegar a 15 cm quando suas pernas são estendidas. Normalmente, o corpo mede cerca de 4 cm.

As picadas da Aranha Armadeira são frequentes em todo o Brasil, sendo que o maior número de casos ocorre geralmente entre março e abril no Sudeste do país. É neste período no qual o artrópode fica mais ativo, especialmente nos horários noturnos.

Outro detalhe curioso é que, ao contrário da maioria, essas aranhas não constroem teias. Elas capturam presas usando o veneno para imobilizá-las.

Seus lugares preferidos são os escuros e úmidos, entre eles troncos caídos, cascas de árvores, buracos, folhagens, coqueiros, palmeiras e bananeiras; nas residências, dentro de calçados, nas roupas, atrás de móveis ou cortinas, além de pedras e madeiras empilhadas.

Trabalhadores rurais ficam bastante expostos ao ataque da Aranha Armadeira, principalmente ao colher cachos de bananas e carregá-los em suas costas. Aliás, é por meio do transporte desse fruto que esse aracnídeo acaba sendo levado para outros lugares fora do continente sul-americano.

Aranha Armadeira: sintomas de envenenamento e cuidados

Os acidentes ocorrem em ambiente doméstico quando o homem, surpreendido pela presença da aranha, acaba provocando o animal, levando a uma reação como as picadas venenosas. E são classificados em:

  • Leves – quando ocorrem as manifestações locais: vermelhidão, dor, inchaço e suor na região. Às vezes, surge também a marca da picada.
  • Moderados – são acidentes nos quais, além dos sintomas acima, surgem sinais de mudanças sistêmicas. Por exemplo: sudorese, agitação, vômito, aumento da frequência dos batimentos cardíacos e da pressão sanguínea.
  • Graves – a picada de Aranha Armadeira causa as manifestações já citadas e, ainda, diarreia, vômito abundante, arritmia cardíaca, edema agudo pulmonar, diminuição da frequência cardíaca, pressão baixa, ereção peniana involuntária persistente e choque. Infelizmente, quadros graves ocorrem principalmente em crianças.

Importante: este artigo tem intenção de informar; não substitui avaliação e tratamento especializados. Apresentar um ou mais sintomas descritos aqui não quer dizer, necessariamente, que uma pessoa foi picada por aranha. Ao suspeitar de qualquer anormalidade na sua saúde, consulte um médico o quanto antes.

O veneno da Aranha Armadeira é bastante ativo em humanos. Em crianças e idosos, é capaz de levar à morte. Por isso, é fundamental encaminhar logo a pessoa afetada ao serviço médico.

O tratamento envolve administração de soro anti-aracnídeo e, para combater a dor, analgésicos e sedativos, quando necessários. Em geral, a dor desaparece em até 3 horas depois do acidente.

Hoje, você viu como a Aranha Armadeira vive, seu potencial tóxico, sinais de envenenamento e muito mais. Fico na torcida para que você e sua família não encontrem uma delas por aí, mas, caso precisem de ajuda em relação a esse animal assustador e peçonhento, aproveitem as dicas.

Até o próximo artigo!

 

 

Imagens: Guilherme Scholz Portela e Moisés Silva Lima – Flickr CC

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