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Aranha Viúva-negra: origem do nome, veneno e mais…

Já ouviu falar da fêmea que devora o macho depois da cópula? Esta é apenas uma das diversas curiosidades sobre a Aranha Viúva-negra, nosso tema de hoje. Será que isso é mesmo verdade? E quanto ao veneno dela? Não perca!

Ela pode ser encontrada em todo o Brasil, sendo que aqui as espécies não são idênticas às que geralmente vemos em filmes e documentários, isto é, de cor preta com desenho de ampulheta no abdômen, mas na tonalidade marrom.

De modo geral, a fêmea tem o ventre preto com desenhos avermelhados. Também pode existir na versão corpo esverdeado ou acinzentado com manchas laranjas. Ela possui cerca de 1 cm de comprimento e 3 cm de envergadura de pernas; enquanto o macho conta com 3 a 6 mm, aproximadamente.

Representada por 31 espécies descritas no mundo todo, a Aranha Viúva-negra faz parte do gênero Latrodectus e pertence à família Theridiidae.

As viúvas-negras gostam de climas temperados ou quentes, e podem ser encontradas em pequenos arbustos, pneus velhos e latas vazias; jardins, gramados, parques; nas residências, debaixo de bancos, mesas, corrimões e dentro de sapatos.

Após o coito, a fêmea deposita os ovos em um casulo, do qual poderão nascer dezenas de filhotes. Quanto aos hábitos, a Aranha Viúva-negra é sedentária; raramente muda de local depois de instaladas suas teias irregulares.

Já sua alimentação é basicamente composta por pequenos insetos que ficam presos em seus fios de seda.

Elas não tendem a ser agressivas. Apesar de venenosas, normalmente só picam ao sentirem que são ameaçadas. O veneno tem ação neurotóxica, afeta o sistema nervoso da vítima.

Boa parte dos acidentes com humanos ocorre entre março e maio, meses mais quentes e chuvosos, e é provocada somente por fêmeas.

A Viúva-negra costuma atingir em especial os membros inferiores, superiores e a região dorsal, quase sempre devido compressão do aracnídeo contra o corpo. Latrodectismo é o nome dado aos relatos de acidentes com esse gênero – uma ocorrência maior na região Nordeste.

Além da forte dor no local da picada, pode ser notado um pequeno orifício, seguido de vermelhidão, inchaço e suor. Há quem descreva o incômodo como um alfinete entrando na pele, juntamente com sensação de queimação. A evolução do quadro clínico acontece de 15 a 60 min depois do acidente, em média.

A boa notícia é que os casos de picada da Viúva-negra em humanos não são frequentes. E tudo indica que não há registro de morte devido acidentes com ela. Ufa! Que bom, né?

Veja outros sintomas e informações sobre a picada da Aranha Viúva-negra na segunda parte deste post!

Aranha viúva-negra: saiba mais sobre sua picada e toxicidade

A Aranha Viúva-negra é considerada de importância médica. Seu veneno contém substâncias químicas, entre elas: fosfodiesterase, ácido aminobutírico, hialuronidase e polipetídeos. Traz ainda proteínas como as latrotoxinas, típicas do grupo.

Tais compostos agem sobre nossas terminações nervosas sensitivas, levando à dor. Estas toxinas atuam também no sistema nervoso autônomo, provocando liberação de neurotransmissores adrenérgicos e colinérgicos.

Depois de uma picada de Aranha Viúva-negra, não é rara a presença de sintomas como: ansiedade, insônia, tremores, excitabilidade; prurido, eritema (rubor inflamatório) de face e pescoço; taquicardia inicial e aumento de pressão seguidas de bradicardia; contrações espasmódicas dos membros, sudorese local, cefaleia, dor no tórax com grande sensação de morte.

O tratamento geralmente requer compressas mornas na área afetada e o uso de analgésicos – e meperidina ou morfina em quadros muito intensos de dor.

Importante: este artigo tem intenção de informar; não substitui avaliação e tratamento especializados. Apresentar um ou mais sintomas descritos aqui não quer dizer, necessariamente, que uma pessoa foi picada por aranha. Ao suspeitar de qualquer anormalidade na sua saúde, consulte um médico o quanto antes.

Quanto à origem do nome, na verdade, a Viúva-negra pode matar o macho para se alimentar, mas não é uma regra. Normalmente, isso acontece quando ele invade a teia da fêmea que ainda não está pronta para o coito.

Dessa maneira, ela o come como faria com qualquer outra presa. Ao contrário do que muita gente pensa, poucas aranhas do gênero tiram a vida do parceiro durante ou após o acasalamento.

Até o próximo artigo com mais curiosidades sobre o reino animal!

 

 

Imagens: Pixabay

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