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Aves de rapina: conheça estas ágeis caçadoras

Aves de rapina são espécies que pegam e levam seu alimento. A palavra rapina é de origem latina e quer dizer “raptar”. Essa é apenas uma das inúmeras curiosidades sobre elas. Bem-vindo ao artigo de hoje! Tem muito mais a seguir…

Para boa parte dos especialistas, são tidas como aves de rapina apenas as espécies das ordens Falconiformes (falcões), Cathartiformes (urubus), Accipitriformes (águias e gaviões) e Strigiformes (corujas).

As aves de rapina mais famosas são os gaviões, falcões e águias. Contudo, algumas espécies de corujas e abutres também fazem parte do grupo dos pássaros carnívoros e caçadores.

Eles representam aproximadamente 10% das aves do mundo, e a maioria está concentrada na América Latina. O Brasil responde por 36% das aves de rapina do planeta – só aqui existem 83 espécies.

São chamadas também de rapinantes, aves carnívoras que têm em comum certas adaptações para a caça ativa. São elas: força nas garras, bico afiado e curvo, voo poderoso, incríveis visão e audição.

Predadores especialmente equipados para matar, contam com visão aguçadíssima. As aves de rapina enxergam de duas a oito vezes mais que nós. Dessa maneira, conseguem ver sua presa a dezenas de metros de altura e, assim, “mergulhar” diretamente sobre ela.

É o caso, por exemplo, da águia real (Aquila chrysaetos), capaz de enxergar uma lebre a mais de 3 km de distância.

Os olhos dos rapinantes são voltados para a frente (visão binocular). Isso permite ter uma melhor ideia de distância e profundidade, condição perfeita para calcular manobras aéreas e ataques.

Além disso, são consideradas as aves mais rápidas, atingindo até 268 km/h (falcão peregrino). Chegando às presas, as aves de rapina usam seus bicos fortes, afiados e curvos para rasgar a pele/carne, seja para matar (é o caso dos falcões) ou apenas devorar seu alimento.

O bico, aliás, é uma das características mais impressionantes na diferenciação desses animais de outros grupos de aves. O curioso é que seu formato e tamanho variam de acordo com a presa.

As garras em forma de foice, igualmente fortes e afiadas, fazem parte do arsenal de armas letais das aves de rapina.

E mais: uma ave de rapina dispõe de boa audição, distinguindo muito bem o som de uma presa agonizando ou de bichos da mesma espécie.

Com tudo isso, as aves de rapina conseguem ser rápidas e eficientes na captura de suas presas. Quase sempre pegam a vítima na primeira tentativa!

E cada uma tem mais jeito, digamos assim, para um tipo de animal ou determinado grupo deles. No geral, caçam de grandes artrópodes até outras aves, além de pequenos mamíferos, anfíbios e peixes.

As presas preferidas variam de répteis (cobras e sapos), a mamíferos, especialmente roedores (de ratinhos a cotias).

Aves de rapina: voo assassino e mais curiosidades

O brasileiríssimo gavião-real é considerado o rapinante mais forte do mundo. Dizem que ele não dispensa nem os animais maiores, entre eles preguiças, cachorros-do-mato e até filhotes de veado. Esse animal podia ser encontrado em quase todo o país há 50 anos, porém, está quase extinto fora da Amazônia.

Já o carcará é a ave de rapina nacional mais famosa – tema inclusive de música de João do Vale: “Os burrego novinho não pode andá/Ele puxa o umbigo inté matá/Carcará!/Pega, mata e come!” É um pássaro capaz de comer carniça para sobreviver em condições tão adversas quanto a estiagem no sertão.

O voo assassino do falcão não poderia faltar entre as curiosidades sobre as aves de rapina. É que esse animal mata sua presa no ar. Ao disparar na direção de seu prato predileto, o pombo, o falcão atinge cerca de 230 km/h.

O choque é suficiente para quebrar todos os ossos da presa que, ao despencar no chão, quase sempre já está morta. Por fim, o falcão busca o bicho, arranca suas vísceras e, com elas, alimenta também seus falcõezinhos.

Viu quantas particularidades das aves de rapina?

Até breve com mais um tema pra lá de interessante aqui no QC Animais!

 

Imagens: Pixabay

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