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Cavalo Pampa: descubra sua história e diferenciais

Cavalo Pampa é uma raça originária do Brasil. Assim como a americana Paint Horse, tem este nome por causa de sua pelagem malhada – também chamada de pelagem pampa. Vem comigo saber mais sobre esse animal belo e habilidoso!

Uma curiosidade sobre a origem da raça Pampa/Paint é sua fama mundial devido papel de “bandido” em filmes norte-americanos de western, além de guerra entre índios e exércitos.

Ou seja, o Cavalo Pampa e o Paint Horse, o Pampa americano, têm características e, de certa forma, uma história muito próxima. Esses cavalos encantam gente do mundo todo, por sua pelagem diferenciada, velocidade, agilidade e coragem.

Não existe registro de data precisa sobre a introdução de animais pampas em solo brasileiro. Acredita-se que essa padronagem de pelo chegou por aqui principalmente durante a invasão de Pernambuco, através de cavalos holandeses, e por meio de cavalos de origem berbere, trazidos por colonizadores portugueses.

Estas raças foram responsáveis também pela chegada no país de um andamento naturalmente marchado. Assim, o nosso Pampa conta não somente com lindíssimas pelagens, mas também com a marcha, outro relevante diferencial de mercado.

Isso faz do Cavalo Pampa uma excelente opção para o lazer, ou seja, um equino para turismo, passeios em geral, enduros de regularidade e cavalgadas. Já no mercado estrangeiro, um Pampa marchador é considerado raridade, e uma verdadeira joia de valor incalculável.

Cavalo Pampa: encantos e curiosidades

Segundo a Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Pampa (ABCPAMPA), o Cavalo Pampa é resultado do cruzamento inter-racial entre as raças “Anglo-árabe, Campeiro, Campolina, Crioulo, Manga-larga, Manga-larga Marchador e PSI”.

A ABCPAMPA, em busca da preservação do tipo morfológico do Pampa nacional, não registra os descendentes do Quarto de Milha e as raças exóticas – praticamente todas elas.

A ideia é que o nosso Pampa tenha base no que os especialistas chamam de “padrão morfológico internacional tipo sela”. A intenção: manter todas as modalidades de andamentos que revelem o verdadeiro significado de um animal voltado a várias funcionalidades.

Um detalhe interessante é a origem do nome Pampa. Diz-se que foi em meados do século XIX que o brigadeiro Rafael Tobias Aguiar fugiu com seu exército para o Rio Grande do Sul, após ser derrotado na revolta da província de Sorocaba, no interior paulista.

Chegando lá, juntou-se à batalha dos Farrapos, sendo que a maioria dos soldados daquela localidade montava Cavalo Pampa – inicialmente conhecidos por como “tobianos”.

Ao retornar à São Paulo, o brigadeiro Rafael Tobias Aguiar ajudou a propagar o codinome do Estado do Rio Grande do Sul nestes cavalos, que passaram a ser conhecidos aos poucos no restante do país como “cavalos dos Pampas”.

Quanto à origem do Pampa americano, o Paint, ela data de 1519. Foi quando uma tropa de 16 cavalos de guerra, incluindo um branco manchado de escuro no ventre, foi levada pelo explorador espanhol Hermando Côrtes.

Ao cruzar este animal manchado com os nativos mustangs americanos, surgiram os cavalos Pinto, sobre o qual não vou entrar em detalhes porque não é alvo deste artigo, e Paint.

Aliás, o oeste norte-americano foi povoado por manadas de cavalos selvagens. Sobre patas de cavalos malhados, ele foi desbravado. As montarias preferidas dos índios, em especial dos Comanches, estavam sobre as pelagens alegres desses animais.

Em cima dos cavalos pintados, os cavaleiros ganharam fama por suas habilidades, e velocidade considerada superior à das diligências, cavalarias e até trens. Os índios Comanches tinham idolatria pelo cavalo manchado, acreditando que a espécie era a favorita dos deuses.

Quer saber mais sobre o Cavalo Pampa? Acesse o site da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Pampa (ABCPAMPA). É o www.abcpampa.org.br!

Até a próxima!

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