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Pancreatite em gatos: sintomas e tratamento

É uma doença pouco diagnosticada quando comparada a outras porque, geralmente, ninguém suspeita dela. Porém, a pancreatite em gatos é o transtorno mais comum no chamado pâncreas exócrino deles. Vem comigo descobrir mais sobre esse mal!

Primeiro ponto: o que é a pancreatite em gatos? Trata-se de uma inflamação que acontece quando as enzimas do pâncreas exócrino estão ativas, levando à autodigestão.

É preciso explicar aqui também o seguinte: o pâncreas exócrino é uma das partes da glândula, responsável pela produção de enzimas digestivas. Enquanto o pâncreas endócrino tem a tarefa de produzir hormônios como a insulina.

Lembrando que o pâncreas é uma glândula anexa localizada perto do duodeno (intestino delgado). Porém, o desenvolvimento e a anatomia do órgão do gato fazem com que ele seja mais propenso a patologias.

Mas quais seriam os sintomas da pancreatite em gatos? Geralmente, os sinais clínicos mais frequentes são: diarreia, perda de peso, mudanças na pelagem (acompanhadas quase sempre de doença gastrointestinal concomitante).

A pancreatite felina surge habitualmente com uma enfermidade simultânea em outros órgãos, aparelhos ou sistemas. Bichanos com doença biliar e/ou inflamação intestinal (EII) correm risco de sofrer de inflamação pancreática.

Outras condições simultâneas a serem consideradas são: nefrite, linfoma intestinal, diabetes mellitus, derrame pleural e peritoneal, tromboembolismo pulmonar, além de carência de vitaminas (B12, folato ou vitamina K).

Na verdade, não existe muita informação sobre sinais clínicos da pancreatite em gatos. No entanto, tudo indica que eles podem incluir também fezes com forma indefinida, camada de pelo fraca, anorexia, letargia, vômito e diarreia aquosa.

Aviso: a presença de um ou mais sinais descritos neste artigo não quer dizer, necessariamente, que seu animal de estimação esteja com pancreatite. Este post tem a função de informar. Não substitui consultas e tratamentos com veterinário e outros cuidados. Consulte sempre um profissional especializado.

O problema é que várias patologias ou situações são capazes de provocar, por exemplo, diarreia e vômito, dificultando o diagnóstico de pancreatite em gatos. É caso da presença de corpos estranhos, bolas de pelo, intolerância alimentar, infecções e doença inflamatória nos intestinos.

E como os gatinhos são animais mais reservados, os indícios podem passar despercebidos ou até serem considerados por muitos tutores “normais”, quando ficam crônicos.

Quanto ao tratamento da pancreatite em gatos, a estratégia terapêutica costuma conter, entre outros pontos:

  • Administração de suplemento de vitamina B12 (cobalamina), uma vez que a absorção desta vitamina nos gatos é algo complexo e depende especialmente do pâncreas, assim como do bom funcionamento da mucosa intestinal delgada.
  • Escolha de fontes de proteínas novas intactas, de baixo antígeno, ou hidrolisadas, na intenção de reduzir a exposição a possíveis agentes alérgenos, devido sua alta digestibilidade.
  • Modificações na dieta através da diminuição da ingestão de gorduras a fim de favorecer a boa digestão.
  • Uso de enzimas pancreáticas, sendo que esta parte do tratamento deverá ser mantida pelo resto da vida do animal, considerando uma dose mínima de controle.

Pancreatite em gatos: causas mais prováveis

  • Hiperlipidemia, condição cuja presença é mais comum em algumas raças
  • Certos alimentos ricos em gordura e proteínas
  • Determinados remédios que o animal toma – ou toxinas e venenos
  • Diabetes – bichos de estimação com diabetes são mais predispostos a ter pancreatite
  • Doenças da vesícula ou fígado
  • Enfermidades inflamatórias sistêmicas
  • Entupimento de ducto pancreático
  • Peritonites
  • Toxoplasmose
  • Traumatismo – quedas de apartamentos, acidentes de carro, pancadas na área abdominal que acabam machucando o pâncreas

Para concluir…

Você viu hoje aqui os diversos sinais de pancreatite em gatos, e como nem sempre é fácil diagnosticar a doença. Os sintomas, dependendo da gravidade e da presença de outras condições, às vezes passam despercebidos, não são evidentes.

Via de regra, todo animal vomitando e parecendo apresentar dor no abdômen deve ser avaliado por um veterinário sob hipótese de pancreatite, uma doença pouco compreendida por muitos tutores.

A ocorrência de sinais inespecíficos não impede de diagnosticar – e tratar – a pancreatite em gato. Há várias terapias de suporte capazes de garantir melhor qualidade de vida aos nossos amados felinos.

Até o próximo artigo!

 

Imagens: Pixabay

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