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Peixe-bolha é uma espécie bastante curiosa: conheça-o aqui!

Peixe-bolha

Uma das características mais interessantes do peixe-bolha é que a sua aparência muda após ser retirado da água. Ele passa para um aspecto gelatinoso. É um peixe de aparência bizarra, e encontra-se na lista de animais mais exóticos do mundo.

Características do peixe-bolha

O nome científico do peixe-bolha é Psychrolutes marcidus, e é apenas mais uma das diversas espécies exóticas abrigadas na Austrália.

Esse peixe também é conhecido como peixe-gota, e quando adulto não ultrapassa os 30 cm. O seu peso pode chegar a 12 kg. São animais sem grande musculatura e estrutura óssea, tendo aparência flácida. Eles podem flutuar sobre a água gastando pouca energia quando na superfície devido à característica de densidade de seu corpo.

Para quem os observa, o peixe possui um aspecto não muito amigável, apresentando feições “mau humoradas” e tristes, lembrando até mesmo o rosto humano devido à disposição dos olhos nas laterais de uma protuberância acima da boca. A cor rosa e branca de sua pele se dá devido ao fato de não haver incidência de luz nas profundezas onde eles vivem. Sendo assim, não há indução à produção de qualquer tipo de melanina ou de pigmentos, os quais servem como filtros de raios UV em outros animais.

Habitat natural

É encontrado entre 600 e 1200 metros de profundidade na costa australiana e da Tasmânia, onde a pressão é dezena de vezes maior que a do nível do mar. Devido à essa profundidade, a sua bexiga natatória (sacos de ar em seu corpo utilizados para facilitar a flutuação) é ineficaz pois devido às altas pressões elas são colapsadas.

Por isso, é utilizada como mecanismo para auxiliar na locomoção quando mais próximos à superfície. Assim o peixe bolha possui a sua massa corporal menos densa que a própria água. Deste modo, o peixe ganha vantagens também para a locomoção nas profundezas do oceano através de correntes marítimas.

Juntamente com outros animais marinhos eles diversificam a fauna pertencentes aos oceanos. Essa é uma espécie bentônica, que frequenta águas temperadas, de temperatura entre 2 a 9 graus celsius.

Ele é raramente avistado, e por isso é uma das espécies descobertas há pouco tempo por pesquisadores. Estima-se que essa exploração dos mares permite que seja conhecida apenas 10% das espécies que vivem no fundo dos oceanos, apesar da dedicação de profissionais e pesquisadores.

Essas dificuldades de observar os peixes em seu habitat natural dificultam conhecer melhor os hábitos e a forma como vivem os peixes-bolha. Portanto, os fatores que influenciaram em sua evolução ainda são um mistério para os especialistas.

O que se sabe a respeito desses animais é que são parentes próximos da água viva.

Peixe-bolha

Alimentação

Peixes-bolha se alimentam principalmente de crustáceos, e outros animais marinhos próximos ao seu habitat natural, sendo predadores naturais na cadeia alimentar desses pequenos habitantes do mar, como os siris que também fazem parte da dieta desse peixe.

Esses peixes correm risco de extinção

São associados aos riscos de extinção do peixe-gota a pesca predatória indiscriminada, bem como a poluição das águas marinhas que, por sua vez podem prejudicar o desenvolvimento tanto destes animais quanto de os que servem de alimento para eles. Assim, podem ser causados desequilíbrios ecológicos irreversíveis, visto que todos os animais e espécies existentes têm papel fundamental na manutenção dos ambientes aquáticos.

Além disso, estes peixes podem ingerir plásticos e outros detritos provenientes de esgotos despejados no mar, que são levados por correntes marítimas que estes peixes usam para locomoção.

Por este motivo são necessárias ações de preservação da flora e fauna, tanto nos oceanos australianos quanto em qualquer outra parte do planeta. O risco de extinção se torna uma ameaça ainda mais iminente devido à espécie estar presente especificamente na região e terem população relativamente pequena.

Este animal não possui valor econômico, uma vez que sua carne não é comercializada para fins culinários.

Quando esses animais são predados, normalmente eles são capturados juntamente a outros peixes e tubarões, em redes de arrasto, e estes peixes que são objetivo da pesca são os que possuem atuação no mercado de peixes. Sendo assim o peixe-bolha são então descartados após essa captura acessória, e raramente devolvidos ao mar.

Curiosidades mais interessantes do animal

O peixe foi enquadrado em uma das cenas do filme “Homens de Preto”, que aborda a temática de alienígenas. Logo, o peixe pode ser associado a seres extraterrenos devido à sua aparência exótica e um pouco gelatinosa.

O músico Michael Hearst parece ter buscado inspiração no peixe e compôs uma música intitulada “Blobfish”, como o peixe é identificado no idioma inglês. A composição pertence a um álbum “músicas para incomuns”.  A ideia estendeu-se para um episódio de sua série.

Além disso em outros programas de tv, utilizaram a aparência do peixe como crítica à padrões de beleza, caracterizando uma sereia que teria genes do peixe-gota, por exemplo. Para quem tiver interesse, a série chama-se Saturday Night Live.

Na série de ficção científica Arquivo x, uma das personagens recebe um peixe gota em um restaurante ao invés do solicitado, que seria o sushi.

O peixe gota tornou-se popular e muitos famosos tiveram momentos documentados com o peixe. Também foi alvo de fakenews sobre aberrações e alienígenas.

Apesar de sua carne não ser utilizada na culinária, o peixe gota não é nem um pouco atraente para consumo, sendo meramente utilizado como um peixe exótico e para sanar a curiosidade de muitos turistas que chegam na Austrália com o intuito de conhecer este e outros animais diferenciados.

Peixe-bolha

Fato histórico

Em 2013 houve até mesmo uma iniciativa para preservação de animais estranhos. Ele foi adotado como a mascote da campanha, a qual foi fomentada por uma organização não governamental que procura auxiliar na preservação de animais exóticos e que correm risco de extinção.

Acima da aparência nada simpática, o peixe-bolha é muito importante para o meio onde ele vive e para a cadeia alimentar a qual ele faz parte. Sendo assim, o animal, assim como as suas parentes próximas, as águas vivas, são indispensáveis para os oceanos. Devendo ser valorizado por todos os habitantes e visitantes de seu território.

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