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Peixe-leão: conheça essa curiosa e bonita espécie

Peixe-leão

Existem 12 espécies conhecidas do peixe-leão vivendo nos oceanos Índico e Pacífico. São predadores e possuem um veneno localizado em espinhos dorsais, o qual é muito agressivo e pode causar náuseas, vômitos e convulsões em seres humanos.

Eles causaram problemas quando introduzidos nos mares dos Estados Unidos e do Caribe. Por serem predadores começaram a dizimar espécies nativas causando um desequilíbrio ecológico. Deste modo eles se tornam pragas dos mares, indesejadas e que necessitam de controle.

São conhecidos também como peixe-peru, peixe-dragão e peixe-escorpião. Essas espécies podem ser introduzidas em ambientes por meio ilegal ou por acidentes com transportes desses animais. Por este motivo é de extrema importância que não sejam soltos em lugares diferentes do seu habitat natural. Logo, a regularização da atividade de pesca e comércio desses animais é uma forma de promover a segurança de outras espécies.

Esses peixes podem ser criados em aquários e são muito procurados para esse fim, pois são extremamente exóticos. O manejo deve ser feito com cuidado pois acidentes com o peixe podem ocorrer. Eles são tranquilos e alimentam-se de peixes menores vivos, podendo ser nutridos com rações também, de qualquer modo, ficam agressivos quando provocados.

Entretanto, o peixe-leão possui um apetite quase insaciável e se desenvolve muito rápido. Eles possuem expectativa de vida de até 15 anos e podem chegar a 200 gramas. Têm hábitos noturnos e abrigam-se em cavernas e fendas, também realizam um mecanismo de mimetismo, realizando uma espécie de disfarce com o meio, visto que se confundem em meio a rochas para caçar suas presas.

Características do peixe

Possuem espinhos inoculadores de veneno que causam náuseas, o que eles utilizam para desorientar suas presas ou então mecanismo de defesa para escapar de predadores. São peixes pequenos e podem ser difíceis de ser encontrados por este motivo. Apesar de seu tamanho, esses peixinhos se alimentam de outros animais marinhos vivos, peixes menores e crustáceos.

Entretanto, estes peixes podem ser acostumados, quando em cativeiro, a alimentar-se de camarões congelados. Sua boca é bem grande em relação ao seu tamanho e são peixes vorazes, que comem suas presas de maneira rápida, e por esse motivo são considerados exímios caçadores.

Possuem uma coloração listrada e sua pele geralmente possui 12 espinhos dorsais, cujos estão anexados à glândula de veneno, e mais 5 espinhos distribuídos entre a região pélvica e anal.

Os espinhos presentes na região peitoral não possuem glândulas de veneno. Suas cores podem assumir tons laranjas, vermelhos, marrons com listras brancas e diferentes de espécie para espécie. Estes peixes preferem viver próximos a recifes de corais do oceano Índico e Pacífico, mas atualmente foram introduzidos em mares caribenhos, onde também são encontrados em grande quantidade.

Peixe-leão

Reprodução do peixe-leão

Reproduzem-se rapidamente, e por este aspecto são pragas que tomam conta de ambientes diferentes de seu habitat e se adaptam muito bem a eles.

Eles começam a predar espécies pequenas e não são atrativos para consumo de peixes maiores, até mesmo pelos seus espinhos e sem falar no seu veneno, se tornando uma espécie invasora que remete a graves problemas para a biota local. Isso ocorre tanto pelo consumo de outras espécies como pela competição interespecífica por alimento.

Ovíparos, eles se reproduzem por meio de ovos. De reprodução sexuada e fecundação externa. As fêmeas liberam os ovos na água que são fecundados a partir da liberação do esperma pelo macho. O embrião se desenvolve fora do corpo da fêmea.

O veneno das espécies

Assim como outras criaturas marinhas, o veneno produzido pelas glândulas anexas aos espinhos inoculadores de veneno consiste em substâncias que podem ser muito dolorosas para as suas vítimas, porém não são fatais para humanos. Para aliviar a dor, aconselha-se mergulhar o local do ferimento na água quente por 45 minutos, a uma temperatura de 45ºC.

A substância é formada por proteínas termo sensíveis, que são vulneráveis ao calor se desnaturando facilmente. Os principais efeitos são dor intensa no local, edema seguido de náuseas, tonturas e vômito. Em alguns casos onde não são dados os primeiros socorros podem causar fraqueza muscular e deficiência respiratória, bem como dores de cabeça.

Utilizam os espinhos para pressionar às presas contra as paredes, as deixando sem saída. Com sua boca suficientemente grande eles prendem a vítima, e possuem força suficiente para partir camarões e pequenos crustáceos, que ficam desorientados após a inoculação do veneno.

Peixe-leão

No Brasil

Atualmente, esses animaizinhos são preocupantes por terem sido introduzidos próximos à costa brasileira. Estão sendo monitorados por pesquisadores e biólogos para evitar que a espécie se torne invasora dos ecossistemas aquáticos do Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro. Existem também projetos de conservação dos recifes nas águas do nordeste brasileiro, que atuam na conscientização sobre espécies invasoras e sobre o próprio Peixe-leão.

Curiosidades:

  • A espécie mais ameaçada pelo Peixe-leão é o camarão e peixes “dentistas”, que se alimentam de restos de comida da boca de tubarões e outros peixes;
  • O veneno não é letal, normalmente para seres humanos, porém pode causar reações adversas como alergias e choques anafiláticos, devendo ser tomado cuidados;
  • A carne desses peixes é segura para consumo apesar do veneno;
  • Nos Estados Unidos são promovidas caças esportivas deste peixe, já que precisa de controle de sua população.

Para criação destes animais com outros peixes em aquário, ele deve ser arranjado com peixes maiores. Isso para que ele não os ataques. Deve ter espaço suficiente para que as outras espécies não sejam prejudicadas por seus espinhos. Outra coisa importante é fornecer a esses peixes o abrigo adequado, semelhante aos corais naturais e também presas como camarões, de preferência vivos.

Consumo e preparo de alimentos

O alimento preparado com o peixe-leão é muito nutritivo. Deve ser preparado por profissionais a fim de retirar todas as glândulas produtoras de veneno e também para evitar gosto desagradável. O peixe cozido consumido não apresenta riscos de intoxicação, pois o veneno é desnaturado quando submetido a altas temperaturas, devendo evitar consumir a carne crua. O peixe possui carne saborosa e é consumido em muitos locais nos Estados Unidos. Pode ser servido grelhado e com frutos do mar.

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