Conhecida no meio científico como Chelonia mydas, a tartaruga-verde é uma espécie herbívora que, geralmente, pode ser encontrada em regiões subtropicais e tropicais, especialmente nas bacias oceânicas do planeta. Além disso, essa espécie recebe grande destaque por sua coloração verde, dando nome a esse espetacular animal. Veja mais abaixo.
Características da tartaruga-verde
Apesar de a tartaruga-verde ser conhecida como um animal tipicamente herbívoro, essa espécie apresenta a necessidade de ingerir carne quando filhote, assim, sendo considerada um ser carnívoro nos seus primeiros anos de vida.
No entanto, alguns especialistas dizem que esse animal pode ser considerado um onívoro na juventude, ou seja, tendo a possibilidade de digerir qualquer alimento. Por outro lado, muitas pessoas concordam que esse período só dura até a tartaruga-verde alcançar os 25 cm de casco, assim se tornando completamente herbívora.
Já em aspectos físicos, esse animal é composto por 4 pares de placas em sua carapaça, ambas nas laterais. Para muitos pesquisadores, seu casco pode chegar até 115,5 cm no caso dos machos na fase adulta. Já no caso das fêmeas, esse número pode alcançar até 134 cm apenas em seu casco, além de pesar cerca de 240 kg em condições para ambos os gêneros.
Ao que tudo indica, essa espécie seria uma das maiores tartarugas de sua região. Todavia, a tartaruga-verde ainda está bem longe de alcançar outras espécies, normalmente apresentando até 600 kg e 1,78 metros de comprimento.
Além disso, essa especie é reconhecida por outra parte do seu corpo, a cabeça. Mesmo muitas pessoas não notando a diferença, alguns biólogos apontam que a cabeça da tartaruga-verde é mais arrendonda que a maioria das espécies da família Cheloniidae, especialmente quando comparado outros animais aquáticos.
Em questão de coloração, esse animal com certeza recebe muito destaque, especialmente por sua predominância em verde acinzentado. No entanto, ainda quando filhotes, essas cores acabam sendo bem mais escuras, assim ficando mais claras ao longo dos anos e dando espaço para o verde tão conhecido.
Habitat da tartaruga-verde
A maior parte das colonias dessa especie podem ser achadas com grande facilidade no Oceano Pacifico, mas especificativamente na Austrália e Costa Rica. Toda via, esses animais costumam ser encontrado também no Oceano Atlântico, podendo chegar em países como Suriname e, principalmente, no Brasil.
Ao que tudo indica, esses incríveis animais aparecem com maior frequência na região da Ilha da Trindade, localizado no Espirito Santo, assim permitindo poder observar as tartarugas-verdes de perto. No entanto, também é possível visitar a tartaruga-verde em outros lugares do país. Dentre eles, o Atol das Rocas, no Rio grande do norte, e Fernando de Noronha, um dos pontos turísticos mais conhecidos do Brasil.
Contudo, mesmo ainda aparecendo com certa frequência nesses lugares, a tartaruga-verde apresenta uma grande probabilidade de ser extinta, especialmente no Brasil. Segundo diversos especialistas, a uma grande redução no número de desovas nessas regiões, em parte devido à interferência humana no processo de reprodução.
De acordo com especialistas, a poluição dos oceanos e litorais próximos também é ser considerado um causador de extinção da tartaruga-verde. Além disso, o efeito estufa apresenta diversos pontos que afetam diretamente na vida marinha, especialmente das tarugas que precisam desovar cerca de 5 vezes durante o ano fértil.
Predadores da tartaruga-verde
Ainda quando jovem a tartaruga-verde apresenta diversos predadores naturais, principalmente quando ainda estão no ninho. Para muitos biólogos, o maior perigo após a desova são as diversas aves habilidosas que, na maioria das vezes, comem esses ovos com o objetivo de adquirir proteína.
Além disso, também podemos ressaltar que algumas espécies de formigas, raposas e aves podem ser considerados predadores nessa fase da vida. Contudo, vale lembrar que, em alguns casos, a própria poluição dos litorais já impedem que isso aconteça, assim sendo uma causa artificial.
Já na fase adulta, esses animais contam com apenas com alguns predadores gigantes, especialmente tubarões que, normalmente, conseguem engolir a tartaruga-verde com muita facilidade. Toda via, o ser humano nesses casos são os maiores responsáveis por matar essas tartarugas, normalmente por meio da pesca e, como já foi dito, da poluição, assim inviabilizando a sobrevivência e desovação deles.
Reprodução da tartaruga-verde
Como muitos animais marinhos, a tartaruga-verde apresenta um ciclo reprodutório bem extenso. Ao que tudo indica, essa especie inicia seu período reprodutório no começo de dezembro e finaliza em junho, tendo fevereiro e março como os meses de maior produtividade, podendo ocorrer até 2 desovas. Toda via, essa especie, em média, consegue fazer 4 desovadas em todo o ano fértil.
Segundo especialistas, uma desova, em média, apresenta 122 ovos por ninho. No entanto, já foram registrados casos que uma desovada chegou até 193. Vale lembrar que a maioria desses filhotes não chegam nem aos oceanos, grande parte sendo destruída por raposas, aves, lontras e outros animais.
Após uma temporada fértil, a tartaruga-verde fêmea deve ficar entre 1 a 3 anos sem produzir mais nenhuma desova, assim dando tempo para que eles possam se recuperar desse longo período. Além disso, é importante ressaltar que a incubação dos ovos pode variar entre 50 e 53 dias, sendo um processo muito demorado. Toda via, também devemos contar com o processo de erosão desses ovos que, segundo especialistas, pode chegar até 73%.
Extinção
A tartaruga-verde é considerado, atualmente, um animal em perigo de extinção no Brasil. Ao que tudo indica, o período de desova desses animais está cada vez mais sendo prejudicados por predadores naturais e pela poluição. Segundo diversos especialistas, nos próximos anos se esperá que a reprodução da tartaruga-verde diminua considerável, principalmente visto as condições de temperatura do planeta.
Por outro lado, diversos órgãos governamentais e ONGs apresentam muitos projetos que visam retomar a grande produtividade desse animal, especialmente preservando e monitorando as áreas de desovas, assim permitindo que a tartaruga-verde possa se reproduzir sem grandes incômodos. Ao que tudo indica, essas áreas seriam o ambiente ideal para o ciclo de reprodução, embora os oceanos poluídos ainda dificultem a sobrevivência desses animais, podendo matar os filhotes já nos primeiro dias.
Considerações finais
Em sumo, a tartarugas-verdes são animais incrivelmente interessantes por sua coloração única, normalmente sendo uma das coisas que mais chama atenção. Além disso, esse animal merece destaque por seu imenso potencial de produção, podendo chegar a números surpreendentes na desova, normalmente acontecendo entre 3 e 4 desovas por ano.
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