A aparência das Lhamas sugere docilidade, e de fato elas são amáveis e simpáticas. O que não significa que não tenham uma personalidade forte de vez em quando. E sabia que pode estar nelas o segredo do combate à gripe humana? É só conferir o artigo de hoje para entender!
No Novo Mundo, as Lhamas são chamadas de camelo – e elas fazem parte da família deles. Às vezes, são confundidas com as alpacas, suas primas. Em geral, medem entre 1,40 e 2,40 m (contando com o rabo que costuma ter 25 cm) e podem pesar até 150 kg.
Esses mamíferos ruminantes são nativos das regiões montanhosas da Cordilheira dos Andes; e muito comuns em lugares acima de três mil pés de altitude, na América do Sul, entre eles Peru, Chile, Argentina e Bolívia.
Hoje, as Lhamas são encontradas ainda no Canadá, Estados Unidos, Nova Zelândia e alguns países da Europa, pois foram exportadas para o trabalho de produção de fibras ou para serem animais de estimação.
Quem não as conhece, não imagina que pode ter surpresas com seu comportamento. O jeitão tranquilo, o andar lento, ah, e as carinhas fofas das Lhamas… Quem diria que elas são consideradas o oitavo bicho mais irritável do planeta? Pelo menos segundo o canal Animal Planet…
Sim, e podem ficar bravas sem motivo! Dizem que a irritação sem razão evidente é acompanhada de uma cuspida mal cheirosa no alvo do incômodo. Isso acontece ainda quando elas querem chamar atenção. Eu que não queria estar perto da Lhama numa hora dessas. Mas que bichinho temperamental, viu?
Outro hábito interessante é deitar e ficar parada quando recebem uma carga exagerada para carregar, e permanecem imóveis até que o excesso seja retirado. Também assobiam, cospem e chutam enquanto o peso excedente não é aliviado. Normalmente, transportam até 35 kg e são capazes de viajar cerca de 33 km em um só dia.
Entretanto, todas estas particularidades não impedem que tenham uma função terapêutica. A sociabilidade e a meiguice das Lhamas são características que fazem delas ótimos animais para atuar em instituições como casas de repouso, hospitais e escolas.
Elas passam por treinamento e, dessa maneira, ficam prontas para afagos e mimos de pessoas que encontram em sua graciosidade momentos reconfortantes.
Lhamas e gripe humana: o que elas têm a ver com isso?
Pesquisadores americanos estão usando as Lhamas para desenvolver tratamentos contra a gripe. O sangue delas vem sendo testado na intenção de produzir uma nova terapia com anticorpos. O fluido tem o potencial de combater simplesmente TO-DOS os tipos de gripe.
Os anticorpos das Lhamas são inacreditavelmente pequenos em relação aos nossos. Lembrando que tais elementos são as armas do sistema imunológico e ficam grudados às proteínas que aparecem na superfície dos vírus.
Então, ao atacar as pontas dessas proteínas, nossos anticorpos entram em desvantagem porque o vírus da gripe muda com maior agilidade. Já os da Lhama, com seu tamanho ínfimo, estão aptos a enfrentar as partes do micro-organismo da gripe que não passam por mutação.
Cientistas do Instituto Scripps, nos Estados Unidos, identificaram quatro entre os mais poderosos anticorpos das Lhamas, que poderiam combater inúmeros vírus. Em seguida, começaram a criar um anticorpo sintético que une componentes desses quatro tipos.
O material está sendo testado em ratos, demonstrando resultados bastante satisfatórios. Tomara que encontrem logo um jeito de controlar a gripe, doença que é uma das mais hábeis em despistar nossa imunidade, fazendo com que vacinas nem sempre sejam efetivas.
Vamos torcer! E cuidar melhor ainda das Lhamas!
Até o próximo post…
Imagens: Pixabay
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