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Leopardo-de-amur: conheça o felino que está em risco crítico de extinção

Leopardo-de-amur

O leopardo-de-amur é, sem dúvida, um dos felinos mais raros do mundo. Esses animais são criaturas velozes, capazes de percorrer 53 quilômetros por hora, sendo ainda mais ágil que o ex velocista jamaicano Usain Bolt, considerado o homem mais rápido do mundo! Conheça mais sobre a história e os hábitos desse animal em perigo de extinção.

O que é leopardo-de-amur?

Leopardo-de-amur, também conhecido como leopardo siberiano e leopardo do extremo oriente, é um dos felinos mais ameaçados de extinção do mundo inteiro. É um leopardo de modos noturnos e solitários, com uma população selvagem estimada em somente em 50 exemplares – embora, devido a esforços, tenha duplicado em abril do ano passado.

Estes, por sua vez, residem principalmente na bacia do rio Amur, no leste da Rússia, com alguns dispersos pela China, bem como refugiados no monte Sikhote-Alin. Eles são particularmente vulneráveis à extinção porque o leopardo-de-amur têm os níveis mais baixos de variabilidade genética de qualquer subespécie de leopardo.

História

Historicamente, os leopardo-de-amur foram encontrados no leste da China, no sudeste da Rússia e em toda a península coreana. De fato, a primeira documentação conhecida foi uma pele encontrada pelo zoólogo alemão Hermann Schlegel em 1857, na Coréia.

Mais recentemente, os poucos leopardos restantes estão espalhados pelas fronteiras da Rússia, China e Coréia do Norte. Além disso, atualmente, a população de leopardos-de-amur vêm aumentando em número, devido à criação de áreas protegidas e outros esforços de conservação da Rússia.

Leopardo-de-amur

Onde vive o leopardo-de-amur?

Como mencionado – e como o próprio nome “leopardo do extremo oriente” sugere -, os leopardos-de-amur são encontrados no Extremo Oriente da Rússia. Em suma, seu alcance é pequeno e restrito à floresta de zona temperada, atravessada pelo rio Amur, que constitui fronteira natural entre a China e a Rússia.

De fato, o leopardo-de-amur é a única subespécie de leopardo adaptada para sobreviver tanto no inverno com neve extrema quanto no clima quente do verão. Além disso, os leopardos-de-amur são noturnos, portanto dormem durante o dia em cavernas frescas ou em locais protegidos.

Do que o leopardo-de-amur se alimenta?

Os leopardos-de-amur são, sem dúvida, animais carnívoros. Eles são também oportunistas, por isso não são comedores exigentes. Em geral, suas presas consistem principalmente em corças e veados, além de lebres, javalis e texugos. Embora eles também possam se arriscar caçando ursos negros. Contudo, comumente sua alimentação se baseia em ratos, aves e cães-guaxinins (tanuki).

De fato, a comida pode ser escassa. Portanto, quando sobra comida, eles tendem a arrastar e esconder os restos, para que outros predadores não encontrem e se aproveitem de sua caçada.

Temperamento do leopardo-de-amur

Em suma, os leopardos-de-amur são altamente territoriais e vivem sozinhos, se unindo apenas durante o período de acasalamento. Essa é uma das tantas razões pelas quais o animal está em extinção, além do alto índice de consanguinidade (endogamia).

Qual é o tamanho do território de um leopardo-de-amur?

O leopardo-de-amur é uma espécie individual, que pode manter territórios de 30 a 186 quilômetros quadrados, do tamanho de aproximadamente 56.144 campos de futebol.

Como é a reprodução dos leopardos-de-amur?

Os leopardos-de-amur fêmea começam a se reproduzir dos três aos quatro anos de idade. Uma ninhada – de um a quatro filhotes – nasce cerca de doze semanas após o acasalamento. Além disso, os filhotes nascem com os olhos fechados e só começam a abri-los sete ou oito dias após o nascimento, semelhante aos filhotes de gatos. Os filhotes também ficam com suas mães por até dois anos antes de enfrentar a natureza sozinhos.

Leopardo-de-amur

Qual é a maior ameaça para os leopardos-de-amur?

Atualmente, existem cerce de cem exemplares de leopardos-de-amur na natureza, embora esse número já tenha sido menor que a metade. Apesar disso, o animal ainda é considerado à beira da extinção. Sem dúvida, as principais ameaças são a caça furtiva, a perda de habitat devido ao desenvolvimento agrícola, o crescimento das cidades e os incêndios florestais induzidos por humanos.

Como apontado, o pequeno tamanho na população de leopardos-de-amur significa que a consanguinidade também está se tornando um problema. A diversidade genética é baixa e, como tal, os indivíduos correm o risco de anormalidades que podem afetar a saúde, a reprodução e a sobrevivência. Entenda melhor essas séries de ameaças abaixo!

Ameaças

Baixa variedade genética

Embora a interferência humana desempenhe um papel fundamental no status de perigo e extinção dos leopardos-de-amur, seu baixo nível de variabilidade genética levou a muitas complicações de saúde, incluindo fertilidade reduzida.

Destruição de habitats

Entre os anos de 1970 e 1983, 80% do habitat do leopardo-de-amur foi perdidos devido a projetos de extração de madeira, incêndios florestais e conversão de terras agrícolas. Sem dúvida, isso também afetou o número de presas para os leopardos caçarem.

Conflito humano

Com menos presas selvagens para caçar, os leopardos começaram a circular e procurar comida em fazendas de veados, onde foram mortos pelos agricultores.

Caça furtiva

O leopardo-de-amur é caçado ilegalmente por seu pêlo, que é vendido no mercado negro. Infelizmente, a perda de habitat tornou mais fácil localizar e matar leopardos nos últimos quarenta anos.

Os leopardos-de-amur têm predadores?

Sem dúvida, os leopardos-de-amur são predadores, mas a escolha da presa se sobrepõe à do tigre. Uma redução na disponibilidade de presas pequenas, principalmente no inverno, coloca os leopardos-de-amur em risco de serem predados pelos tigres, que os atacam para reduzir a competição por alimentos.

O que está sendo feito para ajudar os leopardos-de-amur?

Sem dúvida, apesar do trágico cenário, ainda há esperança de que os leopardos-de-amur possam ser salvos da extinção. Por exemplo, medidas eficazes de conservação em um parque nacional russo resultaram em um aumento na população de leopardos-de-amur. A população, que era de 30 espécimes em 2007, subiu para mais de 100 em 2018.

Além disso, foram criadas organizações de conservação russas e ocidentais para conservar o leopardos-de-amur e tigre-siberiano. As organizações têm como objetivo coordenar os esforços de conservação de todas as partes relevantes, servindo como uma sede. As iniciativas incluem a presença de equipes de combate à caça furtiva e de monitoramento e rastreamento de populações.

Além disso, a organização promove o monitoramento e a pesquisa de técnicas de combate a incêndios, bem como o aumento da conscientização e educação sobre a preservação geral do leopardo-de-amur.

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