Às vezes, é difícil perceber a dor de cabeça em gatos. Os bichanos conseguem dissimular incômodos muito bem. Sem falar que os sinais variam de um animal para o outro.
Mas hoje eu trago informações que podem ajudar você a notar algo de errado com seu querido pet. E ainda servem para esclarecer o que estaria por trás da dor de cabeça em gatos… É só me acompanhar!
Um ponto relevante, antes de começar, é que não existe muita pesquisa científica sobre dor de cabeça em gatos. Por isso, não é simples responder se eles têm ou não o problema.
Em geral, a cefaleia em animais costuma surgir devido infecção nos ouvidos, dor crônica na coluna, problemas nos olhos e pressão alta secundária a doenças no coração. Há também causas mais específicas: tumor cerebral e inflamações ou infecções do sistema nervoso.
A otite externa (inflamação no ouvido), por exemplo, é uma das doenças capazes de provocar dor de cabeça em gatos. Esse mal ocorre em 2% dos felinos e até 20% dos cães – de todas as raças e idades.
Dois dos principais sintomas da otite externa são a dor e o balanço exagerado da cabeça, além de coceira no ouvido, prurido, vermelhidão e inchaço, entre outros.
Sabia que os pets também podem ter enxaqueca? Na verdade, essa patologia que afeta três a cada 10 adultos humanos é alvo de questionamentos a respeito de sua presença nos animais domésticos.
No entanto, acredita-se que os gatilhos, ou seja, os fatores que “disparam” a dor, são diferentes nos pets. E, pelo menos até o momento, não há indícios que eles tenham cefaleias de origem genética ou tensional, como acontece conosco.
Tudo leva a crer que causas hormonais também não estão entre os motivos da dor de cabeça em gatos e cães. As causas mais comuns são: infecções como a meningite, que afetam as membranas que cobrem o cérebro; traumas, como batidas ou pancadas; e tumores.
Se já é difícil identificar quando uma pessoa está enxaqueca, como fazer isso nos animais? Bem, os principais sintomas são: indisposição, andar desorientado e, principalmente, comprimir a cabeça contra paredes ou outros obstáculos e objetos.
É imprescindível levar o gatinho ao veterinário. Geralmente, são prescritos remédios como os dos humanos. É o caso da dipirona e dos anti-inflamatórios, mas em dosagens diferentes. Não existe medicação específica para dor de cabeça em gatos.
Dor de cabeça em gatos: entenda o assunto
Existem alguns comportamentos nos gatos que podem indicar a presença da dor, considerando que ela é multidimensional, isto é, envolve mais do que uma sensação desagradável. Veja a seguir os sinais, ainda que não estejam presentes em todas as condições:
- Alterar o modo de comer (representa nível alto de dor)
- Alterar totalmente o comportamento habitual (indicativo de dor crônica)
- Apresentar contração involuntária da pálpebra (Blefaroespasmo)
- Arquear as costas para cima ao andar
- Caminhar de cabeça baixa
- Deixar de se limpar/lamber
- Diminuir completamente suas atividades rotineiras
- Esfregar-se menos nos humanos
- Evitar brincadeiras
- Ficar de olhos fechados (sinal encontrado em padrão alto de dor)
- Esconder-se ou ficar afastado
- Fugir de locais luminosos (indício presente em alto nível de dor)
- Gemer (sinal presente em elevado grau de dor)
- Lamber uma certa área do corpo
- Mudança de peso
- Mudar o estado de humor diante de estímulos agudos de dor
- Perder o apetite
- Reagir mal quando é apalpado
- Relutância em fazer movimentos
- Rosnar (nível alto de dor)
Estes são pequenos alertas para observarmos melhor os felinos domésticos. Os comportamentos devem ser avaliados quanto à situação na qual ocorrem e à frequência.
A simples presença de um estranho é capaz de estressar certos animais, fazendo com que passem a andar cabisbaixos e a se esconderem. Todavia, a repetição incessante de determinado modo de agir requer atenção especial dos tutores.
Aviso: a constatação de um ou mais sinais descritos neste artigo não quer dizer, necessariamente, que seu animal de estimação esteja com dor de cabeça. Este post tem a função de informar. Não substitui consultas e tratamentos com veterinário e outros cuidados. Consulte sempre um profissional especializado.
Até o próximo artigo!
Imagens: Pixabay
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