Marcas que fazem testes em animais: anote os nomes e boicote!

Muitas empresas famosas da indústria de cosméticos, drogarias e até mesmo alimentos, bem como o desenvolvimento de vacinas e medicamentos, usam animais como cobaias. Esses testes podem ser muito dolorosos para o animal, então é preciso ficar ciente de quais marcas que fazem testes em animais.

Segundo o Projeto Esperança para Animais (PEA) o conceito de testes com animais é bem amplo. Eles consideram todo e qualquer experimento com animais cuja finalidade é a obtenção de um resultado.

Isso quer dizer que testes de comportamento, reações a medicamentos, cosméticos e uma infinidade de atividades que incluam animais como cobaias são considerados testes com animais. Mas a maioria dos testes podem ser cruéis, e nós sabemos que cada espécie tem o seu valor, pois compõem a biodiversidade da qual nós fazemos parte. Segundo a Ong, não há crueldade maior do que pensar que os animais existem para servir ao homem.

Argumentos a favor destacam a necessidade de serem utilizados animais em testes. Deste modo eles destacam que os testes com animais beneficiam também aos próprios animais, visto que o desenvolvimento de medicamentos veterinários, vacinas e rações também dependem de pesquisas para obter parâmetros a respeito dos produtos. Outrossim, enfatizam ainda que testes em animais são importantes a fim de evitar testes com humanos, e que cada animal utilizado em experimentos é submetido à conselhos de ética que visam evitar a tortura animal desnecessária.

Por qual motivo ainda realizam testes com animais no Brasil?

Os testes com animais no Brasil diminuíram bastante, porém ainda são realizados ao mesmo tempo em que são desenvolvidos alternativas para eliminar de vez essas práticas. Acredita-se que a maioria dos testes com animais podem ser substituídos por sistemas biológicos in vitro. Estes sistemas consistem em cultura de tecidos animais em meios de cultura, em que podem ser observados toxicidade das substâncias em células.

Porém, o CONSEA (Conselho Nacional de Experimentação Animal) cria normas para regulamentar essas pesquisas com animais e evitar o sofrimento animal desnecessário. Isso ocorre porque o fim de uso de animais em testes tornaria a indústria e desenvolvimento científico brasileiros dependentes de tecnologias externas, o que tornaria tudo mais caro e muito menos produtivo, sendo uma opção inviável do viés econômico.

Como são os testes com animais

As práticas de testes com animais podem ser muito dolorosas para o bichinho. Dependendo da pesquisa, podem ser usados todos os tipos de animais e até mesmo mais de uma espécie.

No entanto, muitos destes testes podem ser insuficientes e demandam a utilização geralmente de mais de um animalzinho para um mesmo objetivo, utilizando o que chamam de espaço amostral, o que consiste em um número mínimo de testes em organismos diferentes para recolhimento de dados estatísticos. Ou seja, para se ter uma base a respeito de reações adversas de um novo produto, são necessários pelo ao menos dois ou mais animais, geralmente coelhos, a fim de que a pesquisa possa gerar dados confiáveis.

Os testes mais comuns são:

• Teste de irritação dermal: São aplicados sobre a pele do animal cosméticos e medicamentos a fim de observar reações adversas, como inchaços, edemas e até mesmo sangramento. Comumente realizados em coelhos, a pele do animal é raspada, e são aplicados shampoos, cremes, entre outros. Isso pode ocasionar irritação aos olhos do bichinho, os quais são extremamente sensíveis, e por este motivo o coelho é imobilizado, a fim de evitar que machuque seus próprios olhos se coçando.
• Teste LD 50: Recebe o nome de teste LD50 os testes de verificação de toxicidade de substâncias, inseridos no organismo animal geralmente por sonda gástrica, e são observados os sintomas apresentados pelo organismo do animal de acordo com as concentrações, as quais são aumentadas gradualmente até que metade da população venha a óbito. Podem ser realizados com medicamentos, defensivos agrícolas, entre outros.
• Teste com drogas: Esses testes envolvem os efeitos de substâncias químicas no organismo, como o álcool, o tabaco, a cocaína, e até mesmo medicamentos antidepressivos ou anticonvulsivos que podem ou não causar dependência. Em um segundo momento há o estudo a partir da dissecação destes animais para verificação de órgão e danos internos.
• Testes comportamentais: Consistem em privação de alimento, água, sono e isolamento, mas também podem ser submetidos à convivência com outros animais, e observados seu comportamento e resistência. Também são infectados com doenças ou utilizados como alimento para espécies que são objetivo de estudos. Um exemplo disso é a exposição de filhotes de pássaros depenados vivos para alimentação de mosquitos Aedes Aegypti, vetores de dengue e febre amarela, os quais eram objetos de estudo.
• Testes armamentistas: Essas pesquisas envolvem o uso de químicos, radiações, inalação de gases tóxicos, entre outros.

Marcas que fazem testes em animais

• Avon;
• Unilever (seda, dove e outros);
• L’oreal Paris;
• Garnier;
• Revlon;
• Close up;
• L’Occitane;
• MAC Cosméticos;
• P&G Johnson & Johnson.

Marcas confiáveis que não realizam estes testes cruéis em animais, são as conhecidas por produtos veganos

• Natura;
• Embelleze;
• Nazca;
• O Boticário;
• Bio Extratus;
• Davene;
• Ypê;
• Yamá.

Dê preferência para as marcas que preservam os animais

Atualmente lidamos com problemas quanto à extinção de diversas espécies, degradação de habitats naturais e poluição da água, solo e ar. Todos esses fatores são prejudiciais à saúde dos humanos além da vida de animais marinhos e terrestres.

Consequentemente, desvalorizamos a biodiversidade do nosso planeta. A crueldade com animais é uma prova disso. Entretanto estes testes com animais não serão extintos enquanto os consumidores continuarem comprando produtos testados em animais. Embora existam mais marcas veganas, ainda é culturalmente difícil das pessoas pesquisarem por estas marcas e dar preferência á elas para consumo. Muitas vezes as pessoas não têm consciência dos processos de sofrimento aos quais são submetidos animais como coelhos, pássaros, répteis, ratos, e até mesmo cães e gatos.

Em vista disso, devemos procurar não utilizar as marcas que fazem testes em animais. Somente a partir destas iniciativas podemos promover um mundo mais justo para os animais e também evitar o sofrimento animal desnecessário. Para isso, procure em rótulos e embalagens os selos de produtos veganos ou não testados em animais.