Sem dúvida, nós temos o privilégio de dividir a mesma época com uma variedade de animais raros. Afinal, se políticas rígidas de preservação não forem implementadas, não demorará para que essas espécies de animais raros sejam apenas uma memória. De quantos deles você já ouviu falar?
Espécies de animais raros
Pika-de-ili
Não, não é o Pikachu. O pika-de-ili (Ochotona iliensis) é um pequeno mamífero que vive na cordilheira de Tian Shan e foi descoberto em 1983. Sem dúvida, o pika-de-ili não poderia faltar em uma lista de animais raros. Afinal, sendo encontrados na região extremamente remota de Xinjiang, na China, esses animais têm apenas cerca de 7–20 cm de comprimento e adoram viver embaixo de rochas.
Em suma, é possível encontrar os cem mil exemplares que restaram mascando grama nas altitudes elevadas da China. Desde 1983, o número de pika-de-ili no mundo diminuiu 70%. De fato, a queda é, em grande parte, devido às mudanças climáticas que os forçaram a subir as montanhas.
Leopardo-de-amur
Atualmente, existem aproximadamente cem exemplares de leopardo-de-amur no mundo todo. Sem dúvida, um número muito baixo, mas que já foi menor – em 2007, eles não passavam de trinta. Apesar disso, esta espécie de felino selvagem ainda é considerada em sério risco de extinção.
Originários da Rússia, China e Coréia, atualmente só é possível encontrá-los na bacia do rio Amur, no leste da Rússia. Esses levam um modo de vida solitário, o que dificulta em muito a multiplicação de espécies do animal. Por estarem em grave perigo de extinção, mesmo com os números frequentes, o leopardo-de-amur é um dos animais raros.
Raposa-de-darwin
Endêmica do Chile, a raposa-de-Darwin tem o nome de Charles Darwin, que descobriu esses animais raros em 1834. Atualmente, as raposas-de-Darwin vivem no Chile, na ilha de Chiloé e no Parque Nacional Nahuelbuta. Em suma, a raposa-de-Darwin pode ser encontrada entre o crepúsculo e o amanhecer.
De fato, manter essa espécie rara de raposa protegida também preservará o resto do ecossistema. Afinal, atualmente, ela enfrenta a perda de habitat, juntamente com as caças furtivas.
Abutres-de-rabadilha-branca
Existem três espécies de abutres criticamente ameaçadas, e os abutres-de-rabadilha-branca está no topo da lista. De fato, ele experimentou um chocante declínio de 99% na população desde os anos 80, o que lhe confere o título de espécie de ave que sofre declínio mais rápido.
Seu declínio é atribuído principalmente à introdução do medicamento Diclofenaco, remédio anti-inflamatório veterinário, frequentemente utilizado em vacas. Isto é, quando os abutres se alimentam das vacas, eles ingerem o medicamento, o que causa insuficiência renal nas aves.
Assim, os abutres-de-rabadilha-branca nativos do subcontinente indiano estão na lista de espécies ameaçadas de extinção desde 2000, sendo um dos animais raros do mundo.
Saola (boi-de-Vu-Quang)
Não se sinta estranho se você nunca ouviu falar na Saola (boi-de-Vu-Quang), afinal, ele é um dos animais raros do mundo. Essa espécie, nativa do Laos e do Vietnã, é tão rara que os cientistas só a viram na natureza quatro vezes! É por isso que se referem à espécie Saola como um “unicórnio asiático”.
Além disso, também é chamado assim por causa dos dois chifres na cabeça e das manchas brancas no rosto. Os saolas são primos do gado, embora pareçam um pouco mais com antílopes. De fato, a caça e a destruição humana de seu habitat natural são as principais causas que levam ao risco de extinção do boi-de-Vu-Quang.
Macaco-aranha-peruano
O Ateles, mais comumente chamado de macaco-aranha-peruano, está entre os animais raros que podem ser encontrados na floresta amazônica. Esses macacos são essenciais para a manutenção do ecossistema da floresta, afinal, comem principalmente frutas e dispersam as sementes à medida em que pulam de árvore em árvore.
Contudo, a população de macaco-aranha têm sofrido um declínio de 50% desde a década de setenta. A destruição da floresta amazônica é, sem dúvida, a principal culpada pelo declínio da população, juntamente com a fragmentação e a caça.
Orangotango-de-bornéu
O orangotango-de-bornéu, como o próprio nome indica, é oriundo da ilha de Bornéu, sendo considerado um dos animais raros do mundo. Afinal, é extremamente difícil recuperar sua população em declínio, uma vez que os orangotangos-de-bornéu só se reproduzem a cada seis ou oito anos.
Além disso, esses nativos de Bornéu são ameaçados pela caça ilegal e pela perda de habitat, pois suas florestas nativas são convertidas em plantações de papel, borracha e óleo de palma. Assim, essa espécie de orangotango é atualmente considerada em risco de extinção, uma vez que a população caiu 60% desde 1950. Espera-se que sua população continue a cair e diminuir outros 22% até 2025.
Ariranha
As ariranhas são conhecidas como lontras-gigantes e onças-d’água, afinal, além de serem animais raros, são as maiores lontras do mundo. A ariranha é endêmica da América do Sul, especificamente da bacia do Rio Amazonas e do Pantanal. De fato, as ariranhas eram caçadas por suas peles, o que levou ao seu declínio ao longo dos anos. Felizmente, hoje a caça é proibida.
Contudo, essas lontras gigantes ainda enfrentam a ameaça de que seus habitats sejam destruídos. E quando os rios e lagos em que vivem são destruídos, os peixes morrem e as ariranhas ficam sem suprimento.
Doninha-de-patas-pretas
Esses animais raros, parte da família das doninhas, são um incrível exemplo de como os esforços de conservação podem, de fato, salvar espécies em ameaça de extinção. No final dos anos 80, dezoito doninhas-de-patas-pretas faziam parte de um programa de criação em cativeiro, projetado para aumentar sua população.
Atualmente, existem trezentas a quatrocentas doninhas-de-patas-pretas na natureza, todas descendentes dos dezoito exemplares preservados. De fato, elas ainda estão ameaçadas de extinção, uma vez que sua principal força de alimentos, cães-da-pradaria, também é rara. Além disso, como é comum para os animais raros, os habitats naturais das doninhas continuam sendo destruídos por humanos.
Rinoceronte-de-sumatra
O rinoceronte-de-sumatra é a menor espécie de rinoceronte do mundo. Ele possui dois chifres (o único rinoceronte asiático a ter essa característica) e vive nas florestas montanhosas da Indonésia e da Malásia. Existem várias espécies de rinocerontes ameaçadas de extinção, mas nenhuma como o rinoceronte-de-sumatra.
Como as outras espécies de rinocerontes, os rinocerontes-de-sumatra são caçados por seus chifres. Além disso, as tentativas de procriar em cativeiro não se saíram bem, e apenas duas fêmeas de rinocerontes-de-sumatra em cativeiro reproduziram com sucesso nos últimos 15 anos. Sendo assim, é um dos animais raros.
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