Papagaio roxo ou papagaio-do-peito-roxo é uma ave psitaciforme que pertence à família Psittacidae. Um bichinho exótico de plumagem arroxeada no peito com jeito de escama e uma “gola” azul de penas longas.
Exuberante, o papagaio roxo possui penas verdes na cabeça, dorso e cauda, além de coloração vermelha nas pontas das asas, base do bico, espelho alar e encontro.
Encorpado como o aestiva e ótimo imitador de sons, o peito-roxo é muito dócil, mas precisa de atenção diária constante quando vira animal doméstico. E normalmente cria afinidade maior com uma pessoa da casa, escolhida por identificação.
A ave que chega a medir 35 centímetros de comprimento é conhecida como papagaio-de-coleira, peito-roxo, papagaio-caboclo e papagaio-curraleiro.
O papagaio-de-coleira é da espécie Amazona vinacea, sendo o gênero Amazona formado por 12 espécies de papagaios encontrados no Brasil.
Seu nome científico é cheio de curiosidades. Amazona remete ao nome dado a diversas espécies de papagaios tropicais. Também é um termo ligado ao rio Amazonas e à floresta amazônica. Já a palavra vinacea (do latim, vinum, vinaceus) diz respeito ao vinho.
Assim, é formado o nome “papagaio da cor do vinho, da floresta amazônica”, “loro garganta roxa” ou “papagaio vináceo”.
O papagaio roxo é chamado ainda de xauá, anacã, crau-crau, aiurueba, crau, jurubeba, curraleiro, jurueba, quero-quero, téu-téu e quiréu.
A ave atinge a maturidade aos dois anos, sendo sua longevidade de até 30 anos. Não apresenta há dimorfismo sexual, ou seja, diferença sexual – detectável apenas por meio de exame de DNA.
Infelizmente, a espécie está ameaçada de extinção devido à caça de contrabando e destruição de seu habitat (florestas e pinheirais ligados a ambientes campestres).
A população de papagaio-do-peito-roxo atualmente é pequena e vulnerável, uma vez que seus movimentos são lentos e as aves precisam de buracos, os ocos de troncos, e fendas para viver nos pinheirais, matas secas e orlas de capões.
Em função do desmatamento, o papagaio roxo acaba perdendo seu habitat. No Brasil, o ambiente natural dele está reduzido a aproximadamente 8% de seu tamanho original. Ele é vítima também de coleta para abastecer o tráfico de animais silvestres.
Estima-se que existam cerca 3 mil papagaios de peito roxo em todo o mundo atualmente – destes, 91% (2.857) no Brasil, especialmente em Santa Catarina. O pássaro pode ser encontrado ainda Argentina (143) e no Paraguai (133).
Papagaio roxo: saiba mais sobre ele
Quanto à alimentação do papagaio roxo, ela é basicamente frutívora, mas ele também come folhas, flores e sementes. Um dos alimentos preferidos da ave é o pinhão, a semente de araucária, típica do papagaio-do-peito-roxo da região sul brasileira.
Flores e sementes de outras coníferas como o pinus fazem parte do menu do papagaio roxo. O cardápio inclui ainda: frutos de jerivá e de palmito; araçá, pitanga, cerejeira; flores de corticeira e laranjeira; folhas novas de eucaliptos; folhas e brotos de taquara.
O peito-roxo acasala de agosto a janeiro. A fêmea põe entre dois e quatro ovos em um ninho construído geralmente em um tronco oco. A incubação leva cerca de 30 dias. Os ovos são chocados principalmente pela fêmea, que é alimentada pelo macho neste período.
Após cerca de dois meses, os filhotes deixam o ninho – e largam os pais apenas quando um novo tempo de acasalamento começa, seis ou oito meses depois.
Por falar em reprodução e preservação da espécie, existem campanhas contra a comercialização do papagaio roxo. Isso inclui instalação de “caixas-ninho” na selva para aumentar a chance de aumento da população, que hoje é 25% menor do que o esperado.
A gente fica na torcida para que o papagaio roxo e outros animais do gênero não desapareçam!
Até a próxima…
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