Claro que não são todas as pessoas que gostam do rato, afinal, esse roedor é famoso por invadir as casas das pessoas e espalhar doenças, mas sabia que existem muitas espécies deles e nem todas são tão ruins assim, não é mesmo? Ele é um animal cheio de curiosidades e características únicas. Confira abaixo!
O que pode ser definido como rato?
É um nome utilizado para mamíferos roedores, mas de maneira genérica e popular. Os mais famosos são os camundongos e os ratos-negros, também conhecidos como as temidas ratazanas, mas existem algumas confusões quanto a definição de ratos.
Um exemplo é que o hamster não é de maneira nenhum um rato, assim como um esquilo também não é. Geralmente hamster são chamados de ratos pelas pessoas por conta das similaridades que todos os roedores têm, incluindo os porcos-da-índia e chinchilas.
As características do rato envolvem um rabo longo e sem pelos, assim como um focinho longo e geralmente pontudo. Suas orelhas são redondas e patas geralmente pequenas com garras que não são retráteis. São muito rápidos, ótimos em se esgueiras, se esconder, formar tocas e escalam muito bem.
O rato é importante para a natureza?
Demais! Ele serve como alimento para inúmeros animais em ambientes naturais. Para diversos tipos de cobras, aves de rapina, alguns felinos selvagens, cachorros selvagens, mamíferos maiores, etc. São parte importante de um ecossistema, mas algumas espécies entram em desequilíbrio.
Nos ambientes urbanos eles servem de alimentos para gatos e cachorros, além de ratos maiores geralmente matarem os menores. Os felinos e caninos não necessariamente comem os roedores, mas matam por instinto (para o alívio de muitas pessoas).
Qualquer espécie que se reproduza demais ao ponto de causar desequilíbrio e começar a prejudicar outra é considerada uma praga. E é justamente isso que acontece com muitos ratos, pois eles possuem uma taxa de reprodução altíssima. Em ambientes silvestres isso não acontece muito, mas nos ambientes urbanos os ratos funcionam como pragas.
Eles são nocivos para nós?
Os ratos não deveriam viver nos mesmos ambientes que nós. Nos ambientes rurais eles são nocivos para plantações e nos ambientes urbanos eles são invasores que tentam comer nossa comida, mas o pior disso tudo é que são transmissores de doenças.
No entanto, com a alta taxa de reprodução, os ratos podem buscar novas alternativas para conseguir comida e entram dentro de casas e comércios, mas isso não é comum. Eles evitam o contato humano, pois nós constituímos um de seus principais predadores.
Então o rato não ajuda o ser humano?
Ele faz parte um ecossistema e estamos todos inter-conectados. A única questão é que a alta reprodução e vinda deles para ambientes urbanos, podem os tornar como verdadeiras pragas. Para isso é necessário um controle e precaução por parte das pessoas.
No entanto, os ratos são os animais mais utilizados em laboratórios para o desenvolvimento de novas medicinas e experiências médicas cada vez mais avançadas, como as células-tronco. O fato disso acontecer divide opiniões, mas não é algo que possa ser escondido. De fato, muitas medicinas que temos hoje só foram possíveis por conta dos testes em animais.
Existem também os ratos utilizados em testes psicológicos e múltiplas experiências comportamentais, geralmente pela neurociência.
O motivo dos ratos serem utilizados é porque se reproduzem muito facilmente e porque possuem um sistema anatômico de órgãos e padrões psicológicos homologo ao dos humanos, isso é, apresenta uma série de similaridades.
A reprodução do rato
É um dos fatores mais assustadores. Os roedores estão prontos sexualmente com cerca de 2 meses de idade. As fêmeas ovulam constantemente e os machos estão sempre dispostos a acasalar. As gestações duram cerca de 20 dias a 30 dias e são ninhadas de mais de 10 roedores.
Esse ciclo de reprodução em larga escala pode tornar os roedores em uma praga da cidade facilmente, pois quanto mais ratos nascem, mais rápido a população se multiplica. Em contrapartida, os ratos são facilmente mortos por predadores e pessoas e em larga escala, então a reprodução rápida contrasta com um alto índice de mortalidade.
A população de ratos também é altíssima em todo mundo e estima-se que existam 3 ratos para cada humano existente e não é para menos. Em um ano, as fêmeas costumam ter 200 crias, mas eles vivem pouquíssimos anos, se não forem predados antes.
Ratos servem como animal de estimação?
Sim. E não estou falando dos hamsters! O próprio camundongo serve como animal de estimação para diversas pessoas, porque costuma ser bem dócil se criado adequadamente, mas ele é uma criatura fácil de se esgueirar e fugir, então é preciso ficar de olho.
Algumas espécies de ratos, principalmente as encontradas em ambientes mais silvestres, costumam ser mais agressivas, mas as espécies que são menores e urbanas, se criadas de maneira adequada em criadouros, podem ser adquiridas em instituições legais e serem animais de estimação bem carismáticos.
Algumas curiosidades sobre o rato
- Foram os principais causadores da peste bubônica, também chamada de peste-negra
- Transmitem mais de 50 doenças ao ser humano, sendo algumas delas letais
- Mais de 90 milhões de ratos morrem em experiências diversas nos laboratórios
- Se todos os ratos morressem, esgotos e boeiros entupiriam mais e outro tipo de animal entraria no lugar dele, talvez sendo até pior
- Existem mais de 1500 espécies diferentes de ratos
- Eles são muito inteligentes e aprendem tudo rapidamente, principalmente caminhos e como lidar com predadores
- São ótimos nadadores e ficam alguns minutos em baixo d’água sem respirar
- Elefantes não possuem medo de rato, isso é uma lenda
- Ratos nem gostam de queijo, isso é outra lenda
- Eles fazem parte da culinária de algumas culturas ao redor do mundo… Já pensou?
Considerações finais
O rato é um importante animal para o ecossistema, mesmo que possa apresentar um problema para o ser humano em muitas ocasiões, ele possui suas funções em diversos ambientes e serve de alimentos para animais, além de ser uma ótima cobaia para pesquisas, claro que nem todo mundo pode concordar e a Sociedade Protetora dos Animais está sempre de olho na ética desses cientistas (e devem), mas um fato inegável é que essas experiências salvam inúmeras vidas humanas.
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