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Febre amarela em gatos: será que eles correm risco?

De vez em quando, alguns surtos preocupam tutores de bichinhos de estimação por causa da possibilidade de contaminação deles. É o caso da Febre amarela em gatos.

Mas será que nossos queridos pets podem mesmo ser afetados e até transmitir essa doença ou outra quando picados por mosquitos? E quando eles apresentam sintomas parecidos com os da febre amarela, o que pode ser? Descubra a seguir!

Calma! Gatos, cães e outros bichos tidos como domésticos não correm risco de ter a doença, que usa os macacos como hospedeiros em uma fase de seu ciclo. E mais: os mosquitos com hábitos estritamente silvestres são os vetores, sendo os mais importantes os dos gêneros Haemagogus e Sabethes.

Para entender melhor a não ocorrência de febre amarela em gatos, é preciso entender ainda que os humanos são os únicos hospedeiros da enfermidade no ciclo urbano.

Já a transmissão nas cidades acontece por meio de mosquitos Aedes aegypti infectados. Aliás, este gênero é também responsável pela transmissão de males como dengue, Zika e Chikungunya.

Portanto, como você viu, febre amarela em gatos e cachorros não é uma possibilidade. O máximo que tende a acontecer é coceira no local da picada, caso o mosquito portador do vírus ARN, causador da doença, ataque nossos amigos peludos.

Acontece o mesmo quando o inseto é o transmissor da dengue. No entanto, isso não quer dizer que os animais estão completamente livres de serem afetados por outras enfermidades decorrentes da ação de mosquitos.

Febre amarela em gatos: sintomas podem ser de outras doenças

As principais doenças que costumam ser transmitidas aos gatos e cães por mosquitos são: leishmaniose e dirofilariose – ambas graves, infelizmente.

A contaminação por leishmaniose acontece depois que a fêmea do mosquito flebótomo pica o animal. Trata-se de uma zoonose, um mal que também passa para os humanos, e geralmente os bichos têm de ser encaminhados para eutanásia.

Entretanto, a partir de 2016, um remédio para pets contaminados foi autorizado. Há, inclusive, gente ganhando na justiça o direito de tratar seu cachorro ou gato afetado pela leishmaniose.

A dirofilariose, conhecida como “verme do coração”, é outra zoonose, sendo transmitida através da picada das fêmeas dos mosquitos Aedes, Culex e Anopheles.

Ah! O uso de repelentes ajuda na prevenção destas doenças, ok?

Você viu que a febre amarela em gatos não ocorre. Mas, se eles tiverem sintomas como os dessa doença que atinge gente, o que pode ser?

Antes, é bom lembrar que não é fácil diagnosticar a enfermidade nos humanos, uma vez que seus sintomas são comuns a outros problemas de saúde, principalmente uma gripe. Por exemplo: febre, cansaço, vômito, náuseas, calafrios, dores no corpo e na cabeça – que surgem nos três primeiros dias.

Depois, aparecem sinais de insuficiência renal, pele e olhos amarelados (icterícia) e hemorragias internas ou externas.

Nos animais, alguns sintomas descritos acima podem indicar males como a erlichiose, popularmente chamada de “doença do carrapato”. Essa condição fica alojada nos glóbulos brancos do sangue, causando febre, sangramentos intensos, letargia, secreção nasal e perda de peso.

Aviso: a presença de um ou mais sinais descritos neste artigo não quer dizer, necessariamente, que seu animal de estimação esteja com uma das doenças citadas neste artigo. Este post tem a função de informar. Não substitui consultas e tratamentos com veterinário e outros cuidados. Consulte sempre um profissional especializado.

Quando as temperaturas sobem, a multiplicação de carrapatos e pulgas também aumenta. Por isso, é recomendável redobrar os cuidados, com o uso de antipulgas e, ainda, a vacinação preventiva. Dessa maneira, seu pet fica protegido.

Em relação a febre amarela em gatos, como você viu hoje aqui, não há com que se preocupar, certo?

Para terminar, não custa nada ressaltar que, apesar de os bichos de estimação estarem livres de riscos quanto à febre amarela, é importante estar atento aos meios de atração de mosquitos em casa. Um deles pode ser o bebedouro dos felinos e cães. Fique de olho!

Até a próxima!

 

Imagens: Pixabay

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