Métodos contraceptivos são comuns em humanos e vêm conquistando cada vez mais adeptos no mercado pet. Para evitar preocupação com gestações não planejadas, tutores recorrem ao anticoncepcional para gato – mesmo sem conhecer os efeitos dele. Vem comigo, que eu explico!
Crias inesperadas das bichanas costumam ser fonte de dor de cabeça para muita gente. E olha que elas podem ter de 2 a 5 cios por ano, sendo que, à cada gestação, vários filhotes são gerados, aumentando a população felina consideravelmente.
Por isso, uma alternativa à castração é o uso de anticoncepcional para gato. Um procedimento influenciado pelo baixo custo de manutenção. Só que esse tipo de remédio é capaz de provocar problemas sérios!
De inofensivo, o anticoncepcional para gato não tem nada… E é importante alertar os tutores que têm pouco ou nenhum conhecimento sobre os riscos desses medicamentos à saúde das nossas amigas peludas. Os principais perigos são:
1. Doenças endócrinas – anticoncepcional para gato é uma carga de hormônio que afeta não apenas os órgãos reprodutores. O sistema endócrino também pode sofrer distúrbios, alterando o metabolismo.
Não é raro entre as gatas que recebem injeções anticoncepcionais o surgimento de hiperadrenocorticismo (síndrome de Cushing). Fora isso, esta enfermidade é associada à diabetes em felinos.
2. Infecções uterinas (piometra) – é um mal estimulado pela ação da progesterona. O hormônio prejudica as defesas naturais das células do útero, deixando-o mais propenso às bactérias oportunistas.
Trata-se de um problema gravíssimo que requer cuidado médico urgente, pois há chance de rompimento do útero, levando a uma infecção generalizada que pode matar o animal rapidamente.
3. Tumores de mama – a ocorrência de câncer e outros tumores mamários é um dos principais problemas provocados pelo uso indiscriminado de anticoncepcional para gato.
O motivo: os tecidos da área são extremamente receptores de progesterona, a base desses contraceptivos hormonais. A concentração de hormônios promove a estimulação celular e sua proliferação anormal, acarretando tumores benignos ou malignos.
4. Tumores no útero e ovários – também são comumente causados pela administração de anticoncepcional para gato. Os cistos, assim como os nódulos de mama, podem ser cancerosos ou não.
Um dos sintomas destas alterações, curiosamente, é a ausência de cio, devido desequilíbrio hormonal que os tumores causam. Porém, o cio pode ser também mais longo. É preciso ficar atento ainda à ocorrência de secreção na vulva e inchaço no abdômen da gata.
Aviso: Este post tem a função de informar. Não substitui consultas e tratamentos com veterinário e outros cuidados com os animais de estimação. Consulte sempre um profissional especializado para tratar seu pet com toda a atenção e o conhecimento que ele merece e precisa.
Anticoncepcional para gato: como funciona
Para compreender melhor os riscos do anticoncepcional para gato, é preciso entender o que são os remédios contraceptivos…
Eles são fabricados à base de progesterona, o hormônio cuja tarefa é “adormecer” os óvulos e, por consequência, impedir a fecundação em cadelas e gatas através do bloqueio ou atraso do cio.
Muitos desses fármacos para uso humano possuem composição parecida. Contudo, nos animais, esses remédios são armazenados nos tecidos e lentamente absorvidos.
Além disso, altas doses de anticoncepcional para gato costumam ser utilizadas, embora os níveis e o tempo de administração variem de acordo com o peso do animal e os objetivos. Normalmente, o anticoncepcional para gato é aplicado logo nos primeiros dias de cada cio.
Como você viu hoje, anticoncepcionais para felinas costumam provocar diversas complicações. Entretanto, esse método acaba sendo um dos mais usuais por causa de sua praticidade e baixo custo. Infelizmente, o barato pode custar até a vida das gatinhas.
Por outro lado, a castração, quando feita nos primeiros anos de vida, pode evitar todos os problemas citados no começo deste artigo. Converse com um veterinário de sua confiança e saiba mais sobre o tema!
Até breve…
Imagens: Pixabay
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