Muitos animais desenvolvem mecanismos para perpetuar sua espécie diante da falta de recursos naturais. Alguns anfíbios quando larvas podem desenvolver hábitos alimentares canibais, e da mesma forma existe peixe que vive fora d’água.
Anfíbios foram os primeiros seres vivos a conquistar o ambiente terrestre, entre eles estão muitas espécies de salamandras, tritões, sapos e rãs. Eles dependem parcialmente da água para sobreviver e manter a umidade da pele, bem como se reproduzir. Entretanto, os peixes necessitam da água para respirar, regular a sua temperatura, se alimentar e se reproduzir. Alguns desses peixes possuem características que lhes permitem frequentar ambientes terrestres com pouca ou sem umidade, estes são peixes conhecidos por resistirem a períodos maiores fora da água.
A natureza é perfeita em sua composição. Espécies mais adaptadas às condições ambientais são as que sobrevivem e perpetuam as suas espécies. Isso explica por que esses peixes muitas vezes são encontrados em lugares inusitados, pois eles são capazes de enfrentar situações extremas de falta de água, enquanto outras espécies não resistem fora do ambiente aquático.
Por incrível que pareça, esses animais podem sobreviver dias fora da água, o que acontece graças a órgãos diferentes que lhes permitem sobreviver fora da água. Além disso, são peixes migratórios, que conseguem percorrer algumas distâncias consideráveis na busca por alimentos. Essas são criaturas incríveis, e que ainda são pesquisadas por cientistas e trazem consigo muito mistério.
Periophthalmus
Este peixinho habita as águas Indo-Pacíficas e do continente Atlântico Africano. Eles conseguem passar períodos fora da água, porém em condições de muita umidade. Por este motivo podem ser encontrados em áreas lamacentas, sendo chamados de Saltadores-do-lodo. Seus olhos lembram os sapos, dispostos destacados sobre a cabeça.
Técnicas de sobrevivência fora da água: Eles respiram através da pele e possuem câmaras branqueais que lhes permite guardar oxigênio. Esta respiração á similar à dos anfíbios e é chamada de respiração cutânea.
A fim de sobreviver e ir em busca de alimento, esse predador oportunista utiliza de sua vantagem em ambientes com pouca oferta de água para se alimentar de caranguejos e artrópodes.
Para locomoção utilizam as barbatanas peitorais. Possuem 15 cm de comprimento quando adultos. O comportamento destes peixes é bastante incomum. Eles costumam se enterrar nas áreas lamacentas enquanto aguardam a maré subir, iso ajuda a regular sua temperatura corporal. Localizam-se também na ilha de Madagascar e norte da Austrália.
A reprodução deste animais consistem em guardar os ovos até sua eclosão, em galerias subterrâneas feita por meio de escavações pelos próprios Periophthalmus, sendo as espécies conhecidas, em sua maioria, ovíparos.
Peixe que vive fora d’água do tipo Escalador
Peixes escaladores são genuínos da Nova Guiné e Havaí, e recentemente invadiram a Austrália. Estes animais são escaladores e chegam a grandes alturas. Realizam este processo em busca de alimento, utilizando as guelras para andar, mas principalmente sobem em cursos de água para reprodução.
Este animal evoluiu de forma muito rápida, e se tornarem muito adaptados ao ambiente podendo sobreviver até 6 dias fora da água.
Podem ficar todo este tempo fora de ambientes aquáticos graças a um órgão chamado labirinto.
Peixe cobra
São originários da China, Coréia e da Rússia. Houve uma invasão destes animais em ambiente Americano, o qual pode pôr em risco a vida das espécies nativas, e por este motivo são recolhidos ou mortos quando avistados. Estes peixes são capazes de caminhar por terra seca longos caminhos de um curso de água a outro, em busca de rãs, lagartos e peixes. São semelhantes a cobras e ainda estão sendo estudados por pesquisadores.
Estes animais são capazes de respirar fora da água. Você não entendeu errado! Sim, eles respiram fora da água graças ao órgão supra pulmonar e a aorta ventral bifurcada que possuem.
Bichir-de-Senegal
Também é conhecido como o Peixe Dragão Africano ou Enguia Dinossauro. Têm a cabeça semelhante à de um lagarto, barbatanas peitorais que utilizam para locomoção e natação, bem como barbatanas serrilhadas no dorso. São compridos e podem chegar a 30cm. Possuem a visão pouco desenvolvida e caçam através do olfato.
Se alimentam de peixes menores, camarões e minhocas. Se criados em cativeiro, podem comer quaisquer espécies próxima de 10 centímetros e que couberem em sua boca, pois são onívoros. Em caso de privação de alimentos estes peixes possuem histórico de fuga dos recipientes de criadouros, já que podem sobreviver fora da água.
Respiração fora da água: Estes animais possuem pulmões primitivos no lugar da bexiga natatória existente em outras espécies. Nestes órgãos eles acumulam água que oxigenam engolindo o ar da superfície e que o mantém hidratados. Não existe um período de tempo determinado para esses danadinhos permanecerem fora da água.
Desenvolvem um ritual de acasalamento, com saltos, estimulando a postura de ovos a fêmea que permanece imóvel. São de reprodução sexuada, necessitando de indivíduos diferentes, machos e fêmeas, e de fecundação externa, sendo ovíparos.
Peixe pulmonado
Também são conhecidos por peixes-salamandra, devido à semelhança com os anfíbios. Este peixe peculiar pode viver sem água por meses ou até mesmo anos. Além disso, esses peixes podem até se afogar se passarem muito tempo embaixo da água. Em tempos de seca, se enterram na lama e formam uma espécie de bolsa para sobrevivência.
Ele é um peixe de origem africana, mas também é encontrado no Amazonas e no sul do Brasil. São considerados verdadeiros fósseis vivos, pois a sua estrutura pulmonar funciona facultativamente, comportando-se de forma branquial na água e pulmonar na atmosfera.
São objetos de estudo para compreender como se deu a evolução dos seres aquáticos para o ambiente terrestre. Comem pequenos peixes e crustáceos.
As espécies capazes desta façanha são muito curiosas e diferentes. São motivos de estudo de muitos centros de pesquisa. Por sua grande adaptação evolutiva, esses peixes são predadores de águas doces e salgadas. Hoje conhecemos algumas espécies de peixe que vive fora d’água.
Porém, estima-se que muitas outras ainda estão por ser descobertas nos mares e exploradas. Assim, como são conhecidos poucos peixes que vivem nas profundidades do oceano, e que são difíceis de observar devido à dificuldade de acesso. Alguns destes animais já foram considerados monstros das águas em algumas culturas.
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