Arraia é um tipo de peixe cartilaginoso marinho

As arraias são seres que despertam muita curiosidade nas pessoas em função da sua forma. No entanto, uma arraia tende a atacar somente quando se sente ameaçada.

Isso quer dizer que ela somente vai tomar alguma atitude agressiva como maneira de autopreservação. Por isso, os pesquisadores entendem que são criaturas doces que habitam os oceanos.

Sendo assim, boa parte dos machucados provocados por arraias nas pessoas acontece tanto nos tornozelos quanto nas panturrilhas. Quando uma pessoa inesperadamente acerta uma arraia que está escondida na areia. O animal acaba se assustando e ergue a sua causa, ou seja, age por autodefesa.

Classificação de uma arraia

É importante salientar que as arraias, também chamadas de batoides, são classificadas como peixes cartilaginoso. O termo cientifico para a espécie é Chondrichthyes, sendo que ainda pertence a subcategoria Elasmobranchii.

Neste caso, há uma questão bem peculiar. Isso porque essa subcategoria também contempla os tubarões. Você pode até considerar improvável, mas os cientistas argumentam que esses peixes são parentes realmente próximos dos tubarões levando em conta o quesito filogenético.

Por causa disso, esses dois animais acabam reunidos na mesma subcategoria. Em função disso, separação entre arraias e os tubarões acontece somente por uma diferença morfológica. Só que especialistas resolveram reuni-los na superordem Bathoidea.

Já os acidentes envolvendo arraias e humanos são extremamente incomuns. Afinal, o veneno desse animal dificilmente representa uma ameaça mortal, apesar de ser muito dolorido. O risco se refere ao ferrão da arraia ferir algum órgão vital.

Todavia, esse é um animal complexo. Por exemplo, um gesto aparentemente irrelevante – como deslizar pelos mares – tem a capacidade de encaminhar mensagens em alta velocidade pelos seus circuitos nervosos. Ou seja, quando uma arraia de quase um metro e meio está nadando, os nervos estão lhe comunicando o posicionamento de cada pedacinho seu.

Portanto, as partes acolchoadas se movimentam de um lado para o outro, girando os pelos que repassam sinais ao sistema nervoso. O comunicado muda conforme o sentido em que se movimentam os pelos. Atuando conforme a mensagem repassada por seus órgãos, o peixe pode modificar o sentido de seu nado.

Ataque de uma arraia

Como citado anteriormente, a arraia não é classificada como um animal marinho perigoso. No entanto, ela pode levar perigo para uma pessoa que a acerta em um movimento descuidado. Todavia, quando essa ação de defesa ocorre, a arraia necessita estar virada de frente para o seu alvo.

Porque o único fator que permite que a sua cauda seja erguida para cima do seu corpo é o intuito de acertar qualquer ser que esteja posicionada logo a sua frente. Afinal, isso se sucede porque esse animal não conta com domínio total sobre a funcionalidade do seu aguilhão, o controle se restringe a sua cauda.

Em boa parte das situações, quando o aguilhão é levado até o corpo de um ser humano, a pressão oportuniza com que o revestimento de proteção causa um rasgo. Quando esse revestimento é rasgado, as partes com farpas e serrilhas do espinho entram, bem como o ferido atinge o machucado.

Perigo do veneno

Todavia, esse veneno não é algo mortal. Todavia, tem a capacidade de gerar muita dor ao individuo em questão. O veneno possui elementos perigosos na sua composição. Um desses itens é a serotonina, é responsável por fazer com que os músculos se contraiam com extrema força. E é, justamente, esse ponto que deixa esse contato tão penoso para a pessoa afetada.

Além disso, as enzimas do veneno causam a morte de células e outros tecidos. Caso o veneno entre em uma região, como o tornozelo, o machucado pode receber o devido tratamento. Sendo assim, o calor acaba por neutralizar o efeito do veneno e restringe os problemas que esse ataque pode gerar no ser humano.

Caso a região não seja cuidada imediatamente, o risco é grande e pode até necessitar de cortar a parte do corpo afetada. Se o veneno afeta a área abdominal ou do tórax, o dano no tecido tende até ser fatal em função dos órgãos vitais situados a sua volta.

Mesmo que uma arraia possa desencadear problemas graves, o principal problema do aguilhão é a sua farpa. O lado afiado do aguilhão entra no corpo da vítima de modo simples. Só que a sua retirada pode desencadear problemas sérios.

É importante se recordar de que as pontas das farpas são posicionadas para a própria arraia. Mesmo que não contassem com nenhuma gota envenenada, arrancar um espinho na barriga de alguém tende a ser o bastante para provocar o seu falecimento. Isso em função do número de tecidos danificados.

Características de uma arraia

Então, a arraia conta com um corpo achatado e, consequentemente, as fendas brânquias estão na parte debaixo de sua cabeça. Portanto, é a particularidade mais significativa que diferencia os peixes batoides dos tubarões.

Esse grupo de peixe se encontra, geralmente, na parte mais funda do mar, também chamada de demersais. De modo geral, as arraias possuem barbatanas na área do peito como uma extensão corporal, de formato redondo ou até em losango. Por isso, os especialistas chamam essa parte do corpo de disco.

Além disso, se deve classificar nesse grupo, não apenas as típicas raias (com barbatas menores na parte extrema da cauda), bem como os peixes-serra, as arraias elétricas e os peixes-guitarra e até os tubarões. Mesmo que esses contem com fendas branquiais ligeiramente nas partes laterais do corpo.

Há ainda um tipo de jamanta do oceano que tem a capacidade de sair da água através de saltos. Esse bichinho é chamado de gavião do mar no continente africano e Gavilán lusitánico em espanhol.

Em contrapartida, há somente uma família de arraias que sobrevivem na água doce. Esse grupo específico pode ser achado, sobretudo, nos rios que cruzam o território tanto da América do Sul quanto a América Central. O nome científico dessa família é Potamotrygonidae, que conta com representantes que também possuem um espinho com veneno bem nas suas respectivas caudas.

No fim das contas, a arraia é um ser marinho que não representa diretamente ameaça ao ser humano. Todavia, esse comportamento pode ser alterado frente a uma ação agressiva direta ou indiretamente.